O jornal francês Le Monde publicou um perfil da atual ministra da Agricultura do Brasil, Senadora Kátia Abreu, a "guerreira contra o lobby verde". Le Monde destaca que a carreira "fulminante" de Abreu foi forjada nos partidos mais conservadores da política brasileira. A ascensão dela a um cargo-chave de um governo de esquerda se deve à proximidade da ex-senadora com a presidente Dilma Rousseff, apesar de as duas virem de lados políticos opostos.
O correspondente no Brasil, Nicolas Bourcier, lembra que a petista até aceitou ser madrinha do segundo casamento de Abreu, que vai acontecer em fevereiro. A aliança, ressalta, "diz bastante sobre as mutações políticas do momento" no país. A aproximação, criticada tanto à esquerda quanto à direita, se iniciou em 2012 e se desenvolveu rapidamente "entre essas duas mulheres poderosas", contou ao jornal uma fonte próxima da presidente.
Batalha de imagem
Le Monde observa que, com seu "verbo afiado e uma franqueza às vezes exagerada", Abreu se tornou "uma das figuras políticas mais influentes do país - e a mais perigosa, segundo seus detratores". O jornal destaca que a ministra percebeu desde cedo que os produtores agrícolas perderiam a batalha de imagem com os ambientalistas. Em um universo dominado por homens com aparência "arcaica", ela logo compreendeu que era preciso modernizar a percepção do agronegócio, argumentando que "os ecologistas não podem ter o monopólio do debate".
Foi quando a causa ambiental começou a perder força no Brasil, após a reeleição de Lula - que segundo os rumores relatados pelo jornal, "preferiria enfrentar o demônio do que Kátia Abreu". A reportagem sublinha que jamais o setor agrícola foi tão cortejado quanto nas eleições de 2014, em que o número de parlamentares da bancada ruralista aumentou 33%.
Agora, à frente da Agricultura, Abreu joga a carta do "diálogo", mas permanece "certa como nunca" dos seus objetivos - "sempre com um sorriso no rosto", diz o texto.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O correspondente no Brasil, Nicolas Bourcier, lembra que a petista até aceitou ser madrinha do segundo casamento de Abreu, que vai acontecer em fevereiro. A aliança, ressalta, "diz bastante sobre as mutações políticas do momento" no país. A aproximação, criticada tanto à esquerda quanto à direita, se iniciou em 2012 e se desenvolveu rapidamente "entre essas duas mulheres poderosas", contou ao jornal uma fonte próxima da presidente.
Batalha de imagem
Le Monde observa que, com seu "verbo afiado e uma franqueza às vezes exagerada", Abreu se tornou "uma das figuras políticas mais influentes do país - e a mais perigosa, segundo seus detratores". O jornal destaca que a ministra percebeu desde cedo que os produtores agrícolas perderiam a batalha de imagem com os ambientalistas. Em um universo dominado por homens com aparência "arcaica", ela logo compreendeu que era preciso modernizar a percepção do agronegócio, argumentando que "os ecologistas não podem ter o monopólio do debate".
Foi quando a causa ambiental começou a perder força no Brasil, após a reeleição de Lula - que segundo os rumores relatados pelo jornal, "preferiria enfrentar o demônio do que Kátia Abreu". A reportagem sublinha que jamais o setor agrícola foi tão cortejado quanto nas eleições de 2014, em que o número de parlamentares da bancada ruralista aumentou 33%.
Agora, à frente da Agricultura, Abreu joga a carta do "diálogo", mas permanece "certa como nunca" dos seus objetivos - "sempre com um sorriso no rosto", diz o texto.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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