Vêm aí a Secretaria Especial do Código Florestal e a Taxa Anual de Reflorestamento

Tchau!, tchau!, desmatamento!
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, revelou essa semana em um evento em Brasília que estuda lançar a Secretaria Especial de Florestas, sob controle do MMA, como um dos esforços do governo do Brasil para um forte programa de reflorestamento em todo o País. O anúncio da nova Secretaria Especial pode ocorrer logoo após a visita da primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, nos próximos dias 19 e 20 de agosto. Será uma secretaria “dedicada às florestas e a implementação do Código Florestal”, antecipou a ministra Izabella. “Nós estamos em negociação com os alemães. Com a visita da chanceler Angela Merkel, a expectativa é que gente possa anunciar iniciativas de cooperação”, declarou. Espera-se também o anúncio por parte de Merkel de um aporte de 32 milhões de euros – cerca de R$ 100 milhões – ao Fundo Amazônia.

As iniciativas em comum devem consolidar a proposta do Brasil que será levada à COP-21, em Paris no próximo mês de Dezembro, quando quando deve ser feito o anúncio da nova Secretaria de Florestas e outras ações do Brasil. A proposta ainda depende do aval da presidente Dilma Rousseff.

Izabella Teixeira também mencionou a intenção de levar para a Conferência do Clima em Paris a Taxa de Reflorestamento, como forma de contrapor a Taxa de Desmatamento usada pelas ONGs ecólatras para pressionar o Brasil nos foruns internacionais. “O Ministério (do Meio Ambiente) vem colocando a ambição da taxa de reflorestamento, que terá que ser construída. O desafio agora é começar a capturar (carbono) por reflorestamento”, afirma. Ela destacou ainda que a restauração florestal é a oportunidade de se criar uma nova economia no Brasil. “Construir uma nova ação de desenvolvimento, onde a floresta em pé e a floresta restaurada com tecnologias gere emprego, gere desenvolvimento, gere inclusão social, portanto eu tiro da agenda o (desmatamento) ilegal”, disse Izabella Teixeira.

A ministra destacou ainda o protagonismo do Brasil comparado a outros países do mundo. A meta voluntária que o País assumiu internacionalmente é de diminuir em 80% o desmatamento na Amazônia até 2020 já fou cumprida em 76%, de 27 mil km2 de áreas desmatadas em 2004 para 4 mil em 2014. “De 2010 a 2015 nós temos a cinco menores taxas de desmatamento da História, isso significa a maior redução de emissão de gases no mundo. Nenhum país fez o que o Brasil fez”, afirmou.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


Comentários

jerson disse…
mais uma taxa, mais um secretaria, mais despesas
Liz disse…
e mais uma vez o Brasil se arrastando e lambendo o chão, atrás das agendas internacionais, esperando a Angela Merkel chegar para dar satisfações da nossa lição bem feitinha... E ela vai vistoriar pra ver se está bem. Que nojo. Não me contenho.

A ideia da Ministra Isabella me parece até mais sensata do que o fanatismo por "desmatamento". Pelo menos vira o disco (de vinil).

Agora falta virarmos o disco da dependência emocional, espiritual, visceral, infantiloide, subserviente, doente, que temos com os países europeus ou ricos.

Por que cargas d´água, alguém já se perguntou, são despejados bilhões de dólares de governos estrangeiros (a estas alturas bilhões mesmo) para "pesquisas, cooperação, parcerias, mapeamento, investigação, blá, blá, blá, monitoramento"? Eu sei: porque gostamos de conseguir dinheiro fácil, sem muito trabalho e sem ter que pensar muito - é a prática dos governantes, políticos, burocratas da academia, pesquisadores, bolsistas e alunos de pós, em geral. O dinheiro do exterior para proteção de nossas florestas (que contrassenso!) é fácil, a gente só precisa autorizar as Universidades e Institutos a aceitar as pesquisas, os pesquisadores, as bolsas de estudo, os estagiários, os cursos "in English" e as pautas de leis ambientais, organizados pelos donos da grana para "proteger" as florestas dos ataques dos brasileiros. Enfim, como dizia Bertha Becker, é o poder da agenda externa. As patentes ficam com eles mesmos depois.

E por que aquela é a região com os piores índices socioeconômicos do país? Pelo mesmo motivo: gostamos de conseguir dinheiro fácil (políticos e governantes em especial). Mas pra gente que mora em área com grande biodiversidade, potencial biotecnológico, de patentes, etc, e que não tem estudo/tecnologia para desfrutar de seus recursos, não há dinheiro fácil nem vida fácil. Principalmente se o governo estiver no meio.

Ou devíamos estar fazendo um cursinho para retardados ou trancafiados todos na Lava Jato, por crimes contra o país. Ou os dois, depende da pessoa.

Tristeza.