Força financiada por Noruega e Alemanha substituirão agentes locais |
A Polícia Militar (PM) do Pará decidiu suspender o apoio às ações de fiscalização do Instituto Chico Mendes de Preservação e Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no sudoeste do estado. O comunicado do Comando Geral da PM do Pará foi enviado ontem ao Ministério do Meio Ambiente. O ofício afirma que a determinação do Comando considerou o aumento da insatisfação dos colonos da região e o risco à integridade física de policiais militares e agentes de fiscalização.
Na última sexta-feira (19), agentes do governo brasileiro ligados ao ICMBio foram sitiados por cerca de sete horas dentro da Floresta Nacional (Flona) de Itaituba 2 por protestantes que bloquearam as vias de saída e chegaram a queimar uma das pontes de acesso ao local. Os servidores só conseguiram sair do local com escolta da PM.
Além da BR-163, onde fica a Flona Itaituba 2, o Ibama também enfrenta dificuldades para trabalhar no sul do Amazonas, noroeste do Mato Grosso, na Transamazônica e Terra do Meio. No sábado, uma equipe do Ibama, em Buritis, no estado amazônida de Rondônia, teve três viaturas incendiadas por populares.
O ministro do ½ Ambiente, Edson Duarte, informou nesta quarta-feira (24) que a Força Nacional de Segurança Pública passará a fazer a segurança de fiscais. A Força Nacional é parcialmente financiada pelos governos da Noruega e Alemanha através do Fundo Amazônia. Segundo a pasta, é a primeira vez que a Força Nacional reforçará a segurança dos servidores do ICMBio na Amazônia. Atualmente, 96 agentes da Força já apoiam ações do Ibama contra a economia de fronteira na região norte.
Em julho de 2017, oito carros do Ibama foram queimados em Altamira, Sudoeste do Pará. Três meses depois, as sedes do Ibama e do Instituto Chico Mendes, em Humaitá, no Sul do Amazonas, foram incendiadas. A reação do povo da Amazônia ocorreu após operações do governo brasileiro de combate à economia regional.
O Brasil trata a Amazônia como colônia de forma muito semelhante ao tratamento que Portugal dispensa ao Brasil no período colonial. As ações do Ibama e do ICMBio destroem as economias e os empregos locais sem qualquer outra atuação do governo que amenize esses efeitos sociais deletérios.
Não é uma questão de defesa das atividades ilegais. É uma questão de apontar o descaso do governo brasileiro com os interesses do povo da Amazônia. Este blog convida a todos para uma discussão sobre a separação dos estados da Amazônia da (des)União Federativa do Brasil.
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Clique aqui e conheça detalhes do projeto que repassa recursos internacionais para operações militares na Amazônia contra os brasileiros que lá vivem.
Com informações da Agência Brasil e foto de Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasi
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