Minc filosofa sobre a Reserva Legal na Amazônia

"Quem tudo quer tudo perde", disse Carlos Minc (Meio Ambiente) ao confirmar o acordo, atacado por ambientalistas. "Se batermos o pé numa regra muito rígida, continua a área degradada." Ele adianta que metade da área já desmatada poderá ser recuperada por meio de espécies exóticas, mas o acordo ainda será detalhado antes de virar norma legal.

Semana passada, em um encontro de pecuaristas em Paragominas no Pará, o amazonólogo Beto Veríssimo do IMAZON, mencionou que a Reserva Legal na Amazônia é tão restritiva que restinge até a a conservação ambiental. Já são 3 os portadores da quintessência da velocidade de raciocínio: Daniel Nepstad (já citado nesse blog), Beto Veríssimo e Carlos Minc.

Nesse rítimo seguramente ainda haverá floresta a ser preservada quando um número suficiente de ambientalistas perceber que a Reserva Legal está para preservação ambiental assim como a grande obra do mestre Picasso está para o grande picasso do mestre do obras.

Com o perdão da redundância, do trocadilho e seu.

Comentários

Anônimo disse…
Me parece que a discussão sobre reserva legal está demasiadamente focada no aspecto ambiental. Diferentemente das áreas de preservação permanente, as áreas de RL podem e devem ser utilizadas para finalidades de manejo florestal, constituindo assim também uma fonte de renda para o proprietário rural. Trata-se assim de um conceito de uso múltiplo da propriedade rural tendo como resultado também a diversificação da produção regional. Contudo, se faz também necessária a criação de incentivos financeiros para o manejo dessas áreas..
Ajuricaba disse…
Caro Anônimo,
Essa é uma esparrela comum na qual caem a maioria dos citadinos que se arvoram a debater os problemas amazônicos.
Se nós estivemos discutindo como iniciar a colonização da Amazônia faria todo o sentido dar um uso florestal a uma parte da fazenda ao mesmo tempo em que se permite um uso a corte razo no restante. Concretizaríamos assim aquilo que vc chama de conceito de uso múltiplo da propriedade.
Entretanto, caro amigo, o grande conflito de aplicação do Código Florestal jaz em propriedades onde não há mais floresta restante ou, quanto há, essa floresta já teve sua madeira explorada sem manejo. Dessa forma não há mais uso florestal economicamente viável nessas propriedades. Por isso é difícil dar cumprimento ao Código.
Já expliquei exautivamente esse ponto aqui no blog. Espero que vc torne a ler esses comentários e procure conhecer mais sobre o assunto.
Abs,
Ciro Siqueira