Desde o século XVI os europeus disputam a soberania sobre a Amazônia apesar dos amazônidas. Franceses e holandeses foram escorraçados da região pelo português Pedro Teixeira que garantiu o domínio de Portugal sobre o território com o sacrifício das populações locais. Cinco séculos depois a situação é quase a mesma: Países europeus ameaçam a soberania brasileira sobre a Amazônia a despeito do interesse da população local. Nenhum deles a merece.
No século XIX, o Brasil fez um esforço genuíno e forte para ocupar e integrar a Amazônia ao restante do país. Mas esse esforço foi abortado no final do seculo passado.
Na esteira da ocupação da Amazônia veio o desmatamento. Então visto como atividade moral e legal, desmatar floresta passou a ser encarada pela sociedade como imoral de onde passou a ser ilegal. Desde então, o interesso do povo da Amazônia de descolou do interesse do restante do mundo.
O mundo quer a Amazônia preservada. Mas 25 milhões de brasileiro vivem apenas na parte brasileira da região. Qual é o futuro que a preservação florestal irrestrita reserva a essas pessoas?
Pressionado pela sociedade global, sobretudo européia, o Brasil tem violentado seus próprios concidadão como forma de proteger a floresta. Este blog mostrou isso por mais de uma década. Veja em O crime Perfeito ou em Vamos falar sobre a independência da Amazônia.
Essa violência fez do atual presidente, Jair Bolsonaro, um dos mais votados da história na região. Marina Silva, uma amazônida ativista ambiental, teve e tem menos votos na região do que Bolsonaro exatamente por essa razão.
Por pressão internacional, o Brasil passou a tratar a Amazônia como uma colônia. Até a eleição de Jair Bolsonaro, o Brasil tratou a Amazônia de forma muito semelhante ao tratamento que recebeu de Portugal no período colonial. A energia elétrica produzida na Amazônia é usada no parque industrial do Brasil não amazônico, o minério retirado da Amazônia gera divisas ao Brasil, mas não gera receita ao estados da região por conta das desonerações da Lei Kandir.
Em troca dessa sangria, o Brasil envia a região apenas os fiscais do Ibama e do ICMBio. A região não recebe investimento privado por medo de problemas ambientais, não recebe investimento público por disfunção do estado brasileiro, tem os piores índices educacionais, sociais, de desenvolvimento humano e social.
O Brasil não merece a soberania que tem sobre a Amazônia. Tampouco merecem soberania sobre região estados como França, Alemanha e Noruega que não reconhecem a existência do povo da Amazônia.
Cesar Itiberê/PR
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