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Como a maioria de vocês sabe, nós conseguimos aprovar, em 2012, contra a vontade e o lobby das ONGs, uma nova lei florestal. A lei estabelece regras duríssimas segundo as quais cada dono de terra no Brasil deve proteger maciços florestais privados, as chamadas Reservas Legais (RLs), e vegetação de proteção de cursos d`água, as Áreas de Preservação Permanente (APPs).
Por outro lado, ao limitar as áreas de proteção em imóveis privados, a lei também estabelece as outras áreas, aquelas que não são protegidas e podem ser usadas pelos produtores rurais em cultivos que dependam a extração da vegetação nativa.
Cabe aqui ressaltar que o Código Florestal aplica-se apenas às áreas privadas. As áreas públicas e as Unidades de Conservação se somam às áreas de proteção privadas determinadas pela lei florestal.
Nos últimos meses, as ONGs, que nunca lutaram contra o Código Florestal até o tapetão do Supremo Tribunal Federal e perderam em toadas as instâncias, decidiram entrar numa campanha de marketing internacional pelo desmatamento zero.
Desmatamento zero é a antítese do Código Florestal. Além de ser inconstitucional e ilegal, o desmatamento zero implica em negar ao produtor rural a parte que lhe beneficia na lei florestal restando-lhe, ao fim e ao cabo, o ônus privado da proteção florestal.
Já que os ambientalistas não querem cumprir o Código Florestal, nós, produtores rurais, também deveríamos ignorá-lo.
O que acham?
Se as ONGs não querem, por que nós, aqueles que menos ganham com a lei, deveríamos querê-lo?
E aí, vamos revogar o Código Florestal?
Não deixe de ouvir a playlist que acompanha este post:
Imagem de Imagem de Willfried Wende por Pixabay.
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