Pedro Taques, José Melho e Simão Jatene |
“Não tenho conhecimento dessas cartas, mas vou procurar conhecê-las”, disse Campos, que participa da COP 21 em uma posição privilegiada, já que o Brasil é considerado uma liderança ambiental global. A exemplo do diplomata, a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, vai na mesma direção.
Os Governadores José Melo, do Amazonas; Pedro Taques do Mato Grosso; Simão Jatene do Pará; entre outros da região, sentem-se como os que “carregam o piano” da preservação da Amazônia, enquanto o governo federal ganha os louros pelo trabalho.
O incômodo dos governadores se dá, também, porque Brasília sabe cobrar metas, mas na hora de sentar à mesa para traçar políticas ambientais conjuntas, se esquiva e não leva em consideração os pontos de vista dos responsáveis por manter a floresta em pé. “Falta diálogo”, disse José Melo. “Precisamos ser ouvidos”, pontuou Taques.
Desprezo
A “espinha na garganta” dos governadores tem sido a posição de pouca flexibilidade da ministra Izabella Teixeira, que, na COP 21, apresenta um discurso eminentemente federal, sem dar maior crédito aos Estados da Região Amazônica, notadamente, ao grupo de chefes do Executivo regionais. A exceção tem sido o Acre, de Marina Silva, que, historicamente, tem sido agraciado por Brasília com recursos para fortalecer sua política ambiental.
Em números
Os nove Estados que compõem a Amazônia Legal brasileira ocupam 5 milhões km², o que corresponde a cerca de 59% do território brasileiro. Nela vivem 24 milhões de pessoas, segundo o Censo 2010.
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