Código Florestal: Estado deve desonerar produtor, diz especialista

Por Andréia Moreno, da redação do Jornal Cana A grande discussão em torno do Código Florestal brasileiro continua a todo vapor porque diariamente surgem novidades sobre o tema. Um dos grandes estudiosos do assunto há mais 14 anos, é o engenheiro agrônomo Ciro Siqueira, Geomensor, M.Sc. em Economia Ambiental e pós-graduado em Geoprocessamento. Siqueira tem uma opinião contrária ao que tem sido proposto atualmente. Para ele, o governo tem que preservar as florestas de forma pública e o produtor rural tem que produzir de forma limpa, sem arcar com o ônus da recomposição. “Hoje o Código, permite que o proprietário tenha um péssimo sistema de produção, desperdice adubo e agroquímicos. Na leitura atual do documento não importa a forma que o produtor produza mas se tiver reserva legal, está ileso de penalidades".

Segundo o especialista, o Estado tem que se preocupar em cobrar essas tecnologias mais modernas, limpas e econômicas e não cobrar reservas de florestas em fazendas. "As florestas são bens públicos que o mundo se beneficia mas ninguém paga um centavo. Se você conseguir arrecadar o dinheiro de quem se beneficia dela, você consegue manter a floresta em pé, mas isso somente será possível ao criar um imposto novo, o que é inviável porque será impossível cobrar taxas do mundo todo. Por isso deveríamos estar discutindo como fazer isso e não passar o ônus para o produtor”, explica.

Confira matéria completa na próxima edição do JornalCana.

Comentários

Luiz Henrique disse…
Alem da reserva Legal que por lá não existe, o balanço de energia para converter o milho em etanol é negativo (1,29:1), ou seja, para cada 1 kcal de energia fornecida pelo etanol, gasta-se 29% a mais de energia fóssil para produzir o álcool, enquanto o balanço energético da cana é positivo (1:3,24), para cada 1 kcal de energia consumida para produção de etanol, há um ganho de 3,24 kcal pelo etanol produzido. Esta é a umas das grandes contribuições dos Ambientaloides de ONGs internacionais e mesmo nacionais, estão conseguindo com que o Brasil passe a importar produtos agrícolas, mesmo que mais poluentes, afinal, ganham para isso.