Rodrigo Lima, do AgroIcone: "Quanto mais baixa for a rentabilidade do produtor, maior será o impacto dessa regularização" |
Para atender ao novo Código, uma das primeiras exigências é a adesão ao Cadastro Ambiental Rural, que deve ser concluída até maio de 2016, e outros 20 anos para colocar em prática os Planos de Recuperação Ambiental (PRA). “Trata-se de uma agenda ambiciosa e complexa, mas que precisa acontecer”, afirma Rodrigo Lima, diretor geral da Agroicone, um dos responsáveis pela pesquisa.
Os dados foram divulgados na manhã da última quinta-feira, 6, em São Paulo, pelo Agroicone. A intensificação das áreas de pecuária extensiva será necessária para compensar as perdas de área que a regularização ambiental deve acarretar e terá efeito direito no bolso do produtor. “Quanto mais baixa for a rentabilidade do produtor, maior será o impacto dessa regularização”, avalia Lima.
Conforme Lima há um déficit de 6,3 milhões de há de áreas de preservação permanente (APP) e de 18,8 milhões de hectares de reserva legal. “O produtor precisa de crédito para restaurar áreas de APP. Tem de ter órgão ambiental em condição de receber, processar e monitorar os pedidos. É algo complexo e que exige ação conjunta”, avalia.
Até 2035, a redução estimada da área de pastagens deve atingir 23,4 milhões de hectares, para 159,4 milhões, redução de 12,8% ante aos 182,8 milhões de hectares de 2010. A projeção da consultoria é de que na mesma base de comparação, a produtividade por hectare passe de 3,7@/ha/ano para 6,4@/ha/ano. “Essa redução de área ocorrerá seja pelo código ou seja pela intensificação e a pecuária é a grande doadora de áreas”, argumenta.
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
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