Marfrig e Minerva atenderão EUA exportando do Uruguai


Os frigoríficos brasileiros Marfrig e Minerva informaram a Agência Reuters que a suspensão da exportação de carne bovina fresca para os Estados Unidos terá pouco impacto nos seus negócios. As duas empresas disseram, em comunicado, atenderão os clientes americanos com produtos de suas unidades no Uruguai. As duas empresas têm unidades tanto no Brasil quanto no Uruguai e disseram que vão fazer ajustes internos para continuar a atender o mercado americano.

A Marfrig disse que suas exportações de carne para os Estados Unidos em 2017 representam cerca de 2% do volume total da divisão de carne bovina. Isso corresponde a menos de 1% do faturamento do período. Já a Minerva disse que as vendas das unidades brasileiras para os Estados Unidos representaram 1,5% das exportações da companhia no primeiro trimestre.

As declarações das empresas vieram após o governo norte-americano suspender a importação de carne in natura do Brasil devido a recorrentes preocupações sobre sanidade dos produtos.

Em seu comunicado, a Marfrig disse que a medida não interfere nos demais mercados onde atua e que continua as vendas para cerca de 100 países. A Marfrig disse ainda acreditar que o governo brasileiro tomará "todas as providências necessárias para a rápida e integral retomada das exportações da carne brasileira in natura" para os EUA.


Os EUA eram um mercado novo para a carne bovina in natura brasileira. O Brasil só conseguiu autorização para exportar o produto para o país no fim de julho do ano passado, após 17 anos de negociações.

Em comunicado, o Departamento de Agricultura americano informou que está testando 100% da carne brasileira que entra nos EUA. Nesses testes, 11% dos produtos de carne fresca brasileira importados foram rejeitados. "Esse resultado está substancialmente acima do que a taxa de rejeição de 1% das entregas vinda do resto do mundo", disse o departamento de agricultura americano, em comunicado.

O ministro Blairo Maggi teme que outros países também possam decidir suspender a compra da carne bovina fresca brasileira. Segundo Maggi, a suspensão dos EUA se baseia em questões relacionadas ao preparo e limpeza da carne, mas também pode ter sido provocada por pressão dos produtores daquele país.

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