ONGs mantém planos de expor dados sigilosos do Ministério da Agricultura


Pelo jeito as ONGs que tungaram os dados das Guias de Trânsito Animal dos servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) continuam com seus planos de usar essas informações fora do sistema de vigilância sanitária. Como vocês sabem, usar GTA para qualquer fim que não seja vigilância sanitária põe em risco toda a cadeia de pecuária do Brasil, o que é sempre bom para a cadeia de pecuária dos EUA, nosso principal concorrente no mercado internacional. Adivinhem de onde são das ONGs por trás deste esquema? Pois é, são dos EUA.

Continue lendo para saber mais sobre esse assunto.

Desde que recebeu uma ameaça velada da ONG National Waildlife Federation (NWF), este blog vem denunciado o esquema estabelecido pela ONG e alguns parceiros (alguns deles brasileiros) de usar as GTAs para monitorar a cadeia de produção de gado bovino no Brasil. As ONGs querem que os frigoríficos saiam de onde vem e por onde passou os bois que compram.

Vejam, a princípio, não problemas em monitorar a cadeia de pecuária. O consumidor tem todo o direito de saber de onde vem a carne que consome. Existem mais de uma forma de fornecer essa informação ao consumidor.

O problema é que as ONGs escolheram o um caminho mais fácil para tentar fazer esse monitoramento que é expor os dados das Guias de Trânsito Animal do nosso robusto e crível sistema de vigilância sanitária.

Este blogger vem alertando para o fato de que o uso das GTAs para fiscalizar a pecuária vai destruir a robustez e a credibilidade do nosso sistema de vigilância sanitária. Sem essa credibilidade, todos os mercados internacionais se fecharão ao Brasil na primeira ocorrência sanitária séria que tivermos. Isso beneficiaria nosso concorrentes nesse mercado.

Desde que adquiriam a ideia fixa de usar as GTAs para monitorar fornecedores indiretos, as ONGs enlouqueceram atrás desse objetivo. Por meio de uma falha no site do Ministério da Agricultura, as ONGs armaram um esquema hackeamento por raspagem de dados com um software robô e baixaram milhares de GTAs dos servidores do Mapa.

Este blogger denunciou aqui o esquema e o Mapa fechou a porta de acesso ao software de raspagem das dados das ONGs. Por meio da Lei de Acesso a Informação, o Mapa informou a este blog que não autorizou o acesso aos dados pela ONG e que as informações que elas obtiveram por meio do esquema não são consideradas oficiais.

A ONG co(i)responsável pelo esquema de acesso aos dados foi procurada por este blog, mas não se manifestou até este momento. Pelas informações que tenho, a ONG acredita que o uso das GTAs pode ser feito normalmente e não se importa com os riscos desse uso à integridade do nosso sistema de vigilância.

Clique aqui e veja tudo o que já publicamos sobre esse assunto.

Apesar desse imbróglio, as ONGs mantém os planos de usar as GTAs. Recentemente, entrou no ar o site "em construção" do Visipec. O Visipec é o sistema que usará as GTAs para mostrar aos frigoríficos por onde passou o boi que ele está comprando.

Já mostrei aqui, aqui e aqui, que além de por em risco nosso sistema de vigilância, esse esquema não vai funcionar, mas o sistema está pronto e o site está preste a entrar no ar.

No material disponibilizado no site, as ONGs alegam que "o Visipec é uma ferramenta de rastreabilidade complementar melhorar a visibilidade na cadeia de fornecimento no setor de bovinos e estabelecer um monitoramento do desmatamento mais eficaz". Sobre as GTAs, o material disponível no site em construção avisa que, "o Visipec integra informações de bancos de dados públicos".

O material alerta ainda que o sistema foi desenvolvido especificamente para frigoríficos (e empresas de monitoramento) no Brasil. Ou seja, o frigorífico saberá de onde vem o gado que compra, mas o produtor que compra gado não tem como saber por onde ele andou.

Os frigoríficos entendem, como já expliquei neste post, que isso retirará do mercado animais que jamais pisaram em uma área desmatada e reduzirá a oferta de gado abençoado pelo sistema às plantas de processamento. Mas as ONGs, como sempre, não ouvem.

Vamos em frente. Este blog continuará vigilante apesar das ameças que vem recebendo.

“Informação publicada é informação pública. Porém, alguém trabalhou e se esforçou para que essa informação chegasse até você. Seja ético. Copiou? Informe e dê link para a fonte.” asdfgçlkjh

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