O jornalista Terrence Henry da agência de notícias StateImpact Texas publicou uma nota ("Why Texas cattle ranching continues to decline") em que relata o estado agonizante da pecuária do Sul dos Estados Unidos.
Para se ter uma idéia, o rebanho do Texas despencou de tal forma com a seca do final de 2010 que chegou a atingir, no início de 2013, o mesmo nível que em 1967. Por dois anos choveu a metade
do que chove em um ano típico, levando muitos pecuaristas a se desfazerem de seus rebanhos e até venderem suas terras. Curiosamente, para alguns a solução tem sido um boom de exploração de petróleo na parte Sul do estado. Aqueles pecuaristas que tiveram a sorte de vender ou arrendar parte de suas terras às empresas petroleiras ganharam fôlego para comprar ração e alimentar os seus rebanhos.
A substituição de pasto por ração nada mais é do que a troca de energia produzida nos ecossistemas locais por energia estocada em ecossistemas distantes. Na falta do alimento produzido aqui mesmo, compra-se alimento ensacado ou enlatado que foi produzido em outra parte. Mas apenas uma minoria de produtores tem a sorte de ser salvo pelo petróleo. A maioria tem de seguir o caminho difícil da securitização ou o abandono completo da atividade. Para os que foram fortemente prejudicados pela seca, a idéia de trabalhar para refazer o rebanho nos próximos anos soa quase irreal.
Com isso, a pecuária brasileira está desfrutando do chamado "almoço grátis": tendo benefícios imensos sem ter de fazer nada. Mas não sabemos quando isso vai acabar. É a hora de trabalharmos na modernização de nossa cadeia produtiva para assegurarmos mercados para as próximas décadas, pois quando a pecuária dos EUA se recuperar a competição será com os melhores - aqueles que sobreviveram à atual crise.
Rebanho texano despencou com a seca |
Para se ter uma idéia, o rebanho do Texas despencou de tal forma com a seca do final de 2010 que chegou a atingir, no início de 2013, o mesmo nível que em 1967. Por dois anos choveu a metade
do que chove em um ano típico, levando muitos pecuaristas a se desfazerem de seus rebanhos e até venderem suas terras. Curiosamente, para alguns a solução tem sido um boom de exploração de petróleo na parte Sul do estado. Aqueles pecuaristas que tiveram a sorte de vender ou arrendar parte de suas terras às empresas petroleiras ganharam fôlego para comprar ração e alimentar os seus rebanhos.
A substituição de pasto por ração nada mais é do que a troca de energia produzida nos ecossistemas locais por energia estocada em ecossistemas distantes. Na falta do alimento produzido aqui mesmo, compra-se alimento ensacado ou enlatado que foi produzido em outra parte. Mas apenas uma minoria de produtores tem a sorte de ser salvo pelo petróleo. A maioria tem de seguir o caminho difícil da securitização ou o abandono completo da atividade. Para os que foram fortemente prejudicados pela seca, a idéia de trabalhar para refazer o rebanho nos próximos anos soa quase irreal.
Com isso, a pecuária brasileira está desfrutando do chamado "almoço grátis": tendo benefícios imensos sem ter de fazer nada. Mas não sabemos quando isso vai acabar. É a hora de trabalharmos na modernização de nossa cadeia produtiva para assegurarmos mercados para as próximas décadas, pois quando a pecuária dos EUA se recuperar a competição será com os melhores - aqueles que sobreviveram à atual crise.
Comentários
Então pode ser que também precisemos de importar carne.
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