Código Florestal é sintoma da desigualdade entre Brasil rural e urbano

49% dos domicílios localizados na zona rural não têm acesso sequer a telefone fixo. Questionada sobre a cobertura do sistema móvel, a Anatel informou que não tem esse tipo de informação. Esse apagão atinge mais 4,2 milhões de famílias no país que vivem no meio rural.

Dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) levantados a pedido do Jornal Folha de São Paulo revelam que há 65 mil escolas públicas (de um total de 79 mil), 8.500 postos de saúde (de um total de 14 mil) e até postos da Polícia Rodoviária Federal que não contam nem com um orelhão. Para se comunicar na maioria desses locais, é preciso buscar telefone numa localidade próxima.

O problema poderia ter sido resolvido se o governo tivesse usado o dinheiro arrecadado por fundos criados para universalizar a telecomunicação. De 1997 até o ano passado foram arrecadados R$ 48 bilhões em três fundos públicos do setor, porém, apenas R$ 4,9 bilhões tiveram a destinação prevista. Os 90% restantes estão retidos para financiar as contas públicas.

A proposta da Anatel é obrigar as empresas a assumirem toda a demanda rural, o que desagrada as operadoras devido ao alto custo. Como forma de baixar os custos, as empresas esperam que o governo repasse a faixa de 450 MHz, o que possibilitaria atender a essa demanda de telefonia e internet sem a necessidade de contratar satélite ou instalar cabos. Essa tecnologia sem fio foi usada por países como Índia, China, Rússia e México.

Mas no último dia 22 a Telebrás encaminhou ofício ao Ministério das Comunicações informando que quer a faixa de frequência para oferecer banda larga para o pessoal das cidades. Com isso, o governo pode rever seus planos e deixar a turma do campo sem voz.

Com informações do jornal Folha de São Paulo.

Em tempo, o Código Florestal é mais um reflexo dessa forma canalha com o brasileiro urbano trata o brasileiro rural.

Comentários

Luiz Prado disse…
E já estamos importando feijão, álcool, frutas... e logo começaremos a expandir a fronteira agrícola com as tais áreas degradadas para plantar só eucalipto para fazer papel higiênico e soja para garantir a segurança alimentar chinesa. Não podem adquirir as terras mas colocam as unidades industriais e deixam os locais com participação minoritária e a obrigação de entregar a matéria prima. E os governantes se masturbando com os votos ambientalóides urbanóides.