Preservando uma floresta de miseráveis na Amazônia

Lutando pelas florestas e cagando para
as pessoas.
Foto: Antônio Cruz/ABr
Roraima, Acre, Rondônia, Pará e Amazonas tiveram os piores resultado entre todas as Unidades da Federação, em estudo que aponta as melhorias sociais e econômicas entre os anos de 2003 e 2009. A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado ontem, através do comunicado 131, intitulado de "Vulnerabilidade das famílias entre 2003 e 2009".

De acordo com o estudo, os Estados que registraram menor queda do chamado "índice de vulnerabilidade" encontram-se no Norte: Rondônia, Pará e Amazonas, respectivamente. A área rural da região norte apresenta o segundo pior índice absoluto encontrado pelo Ipea. O estudo levou em conta a capacidade das famílias brasileiras de reagir às dificuldades de dimensão social e econômica.

Entre os exemplos citados pelo coordenador do estudo, Bernardo Furtado, na apresentação dos dados, estão a restrição do acesso a oportunidades de maneiras diversas, seja pela qualidade inadequada da habitação em si ou pela sua precária localização, pelo acesso dificultado a uma vaga no mercado de trabalho, pela falta de acesso à educação e ao conhecimento ou ainda pelos efeitos dessa falta de conhecimento na prevenção da saúde.

Eis aí o grande resultado do fundamentalismo ambiental na Amazônia: a preservação da miséria humana sobre a densa floresta para o regozijo dos ambientalistas, das ONGs e da comunidade internacional. Não se trata de defender a destruição da floresta como forma de integração social. Se trata de repudiar a estratégia desumana de preservação da Amazônia sem se importar com os amazônidas.

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