Preservação ambiental e justiça social se misturam?

A escolha de Marina: Gente ou ambiente?
Eu estou virando fã da Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Ela enxerga o ambientalismo cru, despido da capa de mocinho que as ONGs o impingiram para justificar seu financiamento.

Ontem o Estadão publicou uma matéria sobre a desocupação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. No mês passado o Tribunal de Contas da União determinou a retirada das pessoas que moram irregularmente nos limites do parque. Ao comentar o assunto para o Estadão, Izabella soltou uma de suas frases maravilhosas: "Não tem discussão de classe. Rico ou pobre, se tiver invadido, vai sair".

HAHAHA... Ambientalista é um bicho muito divertido. Ongueiros, em geral, são chatos porque eles precisam da máscara de salvadores do mundo, eles dependem da condição de mocinhos para manter seus orçamentos, então eles nunca falam frases como essa da Ministra Izabella. Embora pensem assim e atuem conforme a frase, eles nunca a pronunciam. Marina Silva perderia aquela aura de Madre Teresa se dissesse essas coisas. Ela pensa daquela forma, age conforme a frase, mas não confessaria jamais.

Izabella, não. Izabella não é ongueira. É funcionária pública. O orçamento dela não depende de aura de santidade. Izabella é, pois, franca. Izabella é o único tipo de ambientalista que merece respeito.

A frase da Ministra Izabella, para mim, é uma obviedade. Este blog existe também para denunciar aquela face oculta do ambientalismo. Não me canso de publicar aqui os vídeos da Dona Francisca Borges, da Dona Almerita, do fechamento pelo Ibama das serrarias de Tailândia, no Pará, ou do bebê chorando enquanto o Ibama destrói o meio de vida dos seus pais. Também já contei aqui, várias vezes, a história de Manoel Josian Barbosa, o garoto que foi morto a tiros por um fiscal do Ibama ao ser flagrado caçando arribaçãs numa unidade de conservação. Enfim, mostro e remostro amiúde aqui o ambientalismo ongueiro relativizando o humanismo em nome do bem.


Acho que a sociedade brasileira deveria pensar sobre isso. O medo de um ocaso ambiental está nos fazendo perder a capacidade de enxergar o dilema ético entre a proteção ambiental e a proteção social. Nossa sociedade está refletindo o ambientalismo fascistóide dos ongueiros de caráter fedorento.

Semana passada a Ministra Izabella sugeriu que as exigências ambientais do velho Código Florestal poderiam levar à desapropriação de imóveis rurais. As duas manifestações da Ministra são intimamente relacionadas.

O velho Código Florestal impunha o ônus da preservação a todos os imóveis rurais, grandes e pequenos. Nunca houve discussão de classe, ricos ou pobres, todos os produtores rurais tinham que cumprir as exigências do Código Florestal.

Foi o comunista Aldo Rebelo entrar no debate, visitar os ricões do Brasil onde os jornalistas jamais se arvoram, enxergar o problema e voilà! Fez-se a luz sobre as atrocidades que o Código Florestal impingia aos pequenos produtores rurais.

Em consequência toda a reforma da lei foi pautada em defender os pequenos de até 4 módulos rurais. Eles foram desonerados de arrancar suas plantações em Reserva Legal para replantar nelas o matagal original e eles foram os mais beneficiados com a tal da "escadinha". Lembrem que o benefício da escadinha para imóveis maiores de 4 módulos foram vetados pelo Executivo.

O cerne da reforma do Código Florestal foi, por assim dizer, o debate de classes, a separação entre ruralista "pobre" e ruralista "rico". Dos pobres foi dispensada grande parte das exigências do Código Florestal, enquanto os ricos permaneceram com as mesmas exigências do velho Código.

E qual foi a posição dos ecotalibãs das ONGs?

Foi a luta contra a reforma. As ONGs não aceitam a reforma do Código Florestal porque, em seu radicalismo, a preservação ambiental está acima de qualquer outro valor. Eles não concebem que um pequeno agricultor pobre seja desonerado da obrigação de preservação que o destruiria como agente econômico. Na mente de uma ambientalista radical não há qualquer problema em exigir de um pobre que arque com o ônus financeiro da preservação do meio ambiente. Por isso eles são contra a reforma do Código Florestal.

Pela mesma razão, quando os números do desmatamento na Amazônia sobem e o temor do ocaso ambiental se apresenta, o ambientalismo manda seus policiais para Amazônia e fecham as serrarias de Tailândia, multam as Almeritas e as Franciscas e destroem os fornos de carvão que alimentam crianças de olhos úmidos. Na visão do ambientalismo radical os dramas humanos colaterais são apenas problemas criados para justificar a manutenção do status quo. Eles não se importam.


Lembra da frase da Ministra Izabella sobre a desocupação do Jardim Botânico?

"Não tem discussão de classe. Rico ou pobre, se tiver invadido, vai sair".

A Ministra Izabella Teixeira tem a lei do lado dela. Quem invadiu a unidade de conservação do meio ambiente tem que ser, de fato, retirado. Mas enquanto um rico expulso de sua casa irregular pode ir para um hotel ou uma outra casa, para onde irão os pobres?

O ambientalismo radical não se importa. Esse é precisamente o ponto que tento mostrar nesse post. O ambientalismo radical é desumano, é uma espécie de proto-fascismo moralizado pela necessidade de proteção do meio ambiente.

A proteção ambiental é absolutamente necessária, mas devemos buscá-la a qualquer preço? Podemos abrir mão do nosso humanismo na busca pela proteção ambiental? Se nós fizermos a "Escolha-de-Marina" e decidirmos violentar o indivíduo em nome do meio ambiente, até onde estaremos dispostos a ir quando as restrições ambientais recrudescerem?

Para pensar no feriadão.

Enjoy.

A foto é de Fabio Rodrigues Pozzebom, da Agência Brasil.

Comentários

Por que será que sempre quando entro no Blog do Ciro a minha pressão sobe? risos

(...O pior é que ainda tenho de escrever em letra minúscula, pois sou proibido de gritar aqui).

Esse movimento verde começou seu fascismo verde com mais agressividade no Brasil por culpa de Al Gore, quando ele inventou grandes mentiras acerca do Planeta dizendo que todos nós iríamos nos queimar devido ao acúmulo de CO2 na atmosfera.

Porém, nos Estados Unidos o povo logo começou a duvidar disso e hoje isso virou lenda no País. Lembrando a vocês que o povo americano não é bobo como muitos brasileiros(excluindo todos nós aqui do Blog, claro)

Mas enquanto isso no Brasil, a "moda" pegou a tal ponto que estão fazendo mudanças nas Leis no País se basendo neste maldito aquecimento global que eles juram que é culpa do homem.

Quem se lembram quando eles diziam que a Amazônia é o pulmão do mundo e nos importunavam? (É NADA, O PULMÃO DO MUNDO É A VOVOZINHA DESTES MALUCOS QUE QUEREM SALVAR O MUNDO PRO GOVERNO ÚNICO)

No Twitter, Al Gore disse que o furaçao Sandy é um aviso a todos nós acerca do clima. blá, bla', blá, como se nós tivéssemos o poder de mudar alguma coisa.

Eu disse a ele que nada poderíamos fazer aqui em baixo, visto que o que está acontecendo com o clima pode ser devido a atividade solar fora dos padrões normais.

Claro, pode até ser outro problema, como o começo da grande tribulaçao, mas decidi não entrar nestes detalhes com ele.

E no Brasil, como vamos desaraigar todas estas mentiras que a ditadura verde implantou aqui e com o tempo irá nos destruir?

ALERTA: Os fanáticos verdes estão em toda a parte e são literalmente perigosos.


e1000 disse…
Vao falar q o furacao SAndy foi resultado do aquecimento global sim.. ja estao falando mesmo.. So que em 1938 N.york teve um furacao muito pior ,com ventos de ate 200km/h a 300km/h.. Sandy teve ventos de 180 km/h.. e naquele tempo nao tinha aquecimento global como desculpa..

E enquanto hoje o artico derrete, a antartica esta batendo recordes de congelamento.. Enfim.. os ecobobos so falam o q interessa aos seus argumentos..
Luiz Prado disse…
Eu inverteria a mão! As ONGs não são autônomas, trabalham para quem as paga. É bem verdade que no tempo de Marinete Grapete criaram-se os tais "fundos socio-ambientais" que alimentaram os caixas das ONGs amigas - inclusive daquelas criadas com a finalidade de mamar nessa teta -, ao que se somaram exigências de "compensações ambientais" cosntantes das licenças para dar emprego à turma fantasiada de ambientalista mas que podia sser qualquer outra coisa, desde que puxa-saco.

Eu acho que o Governo deveria mandar a Polícia Federal investigar esta máfia verde, porque de certa forma, este esquema verde está dominando o país inteiro o que pode comprometer seriamente a economia do País, mas ao contrária, o Governo dá atenção a eles, porque o que eles fazem está dentro dos planos da ONU.
Anna disse…
Estão preocupados com estas questões ambientais e estão esquecendo da crise alimentar. Com a inserção dos biocombustíveis no mercado, a população vai disputar os grãos (milho, soja e canola) com os automotivos. Pelo menos dessa vez o Brasil está um passo à frente, porque a cana de açúcar não compete diretamente com o alimento que vai para mesa do consumidor.
e1000 disse…
Reportagem da revista Veja de hoje, mostra os 100 mil bolsistas brasileiros estudando em universidades fora do pais, para terem uma formação superior.

Entre eles estão estudantes de botânica, agronomia e engenharia ambiental, que estudam na Universidade de Munich e participam de projeto cujo objetivo especifico e' " EVITAR QUE PASTAGENS SE TRANSFORMEM EM FLORESTAS" ( desculpe as letras maiusculas, Ciro, mas nao resisti.)

.. e' isso mesmo pessoal.. o projeto Alemao e' exatamente o oposto do que nosso (Des)Governo CorruPTo, deseja implantar aqui.