O leite, provavelmente o produto mais básico de todos, já que
essencial para a alimentação das crianças – e dos adultos! -, teve alta
estratosférica de preços nos últimos 12 meses.
Muitos acreditam que a inflação de alimentos é questão de desperdício em excesso, não de falta de oferta. Segundo essa interpretação, a política pública deve voltar-se para reduzir desperdício ao invés de tentar aumentar a oferta de alimentos.
Muitos acreditam que a inflação de alimentos é questão de desperdício em excesso, não de falta de oferta. Segundo essa interpretação, a política pública deve voltar-se para reduzir desperdício ao invés de tentar aumentar a oferta de alimentos.
Essas pessoas se esquecem de que a redução do desperdício é algo
incrivelmente difícil de se obter, como mostra o relatório XXXX. À medida que
os países enriquecem eles transitam de desperdício na cadeia produtiva, devido
a infraestruturas inadequadas e a sistemas precários de gestão e logística,
para desperdício na ponta final, o consumo. O que fica estável é a imensidão
das perdas de alimentos.
Portanto, priorizar a redução de desperdício frente ao aumento da
oferta é garantir que os pobres sofrerão cada vez mais com a inflação de
alimentos.
Coerentemente, o pessoal que acha que a oferta de alimentos não
precisa mais aumentar é o mesmo que trabalha duro para que a oferta de
alimentos não aumente.
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Leite aperta o bolso do consumidor
Autor: Rafael Ribeiro, da Scot Consultoria
A alta foi puxada principalmente pelo leite em pó e o longa vida. O leite em pó está cotado, em média, em R$ 11,9 por quilo, uma alta de 4,7% em relação à primeira metade do mês. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o produto está 12% mais caro.
No caso do leite longa vida, foi verificada a quarta quinzena consecutiva de alta de preços. A demanda é boa e não há estoques exagerados do produto.
Considerando a média de São Paulo, Goiás e Minas Gerais, o litro do longa vida ficou cotado em R$ 2,05 no atacado. Uma alta de 5,1% em relação à quinzena anterior. O menor e o maior preço foram R$ 1,64 e R$ 2,35 por litro, respectivamente.
Em relação à segunda quinzena de março do ano passado, o leite longa vida integral está 19,2% mais caro. A expectativa dos laticínios na primeira metade de abril é de alta, porém algumas empresas preveem estabilidade.
Os recentes aumentos dos preços tem motivado a queda das vendas de alguns produtos, como é o caso dos queijos."
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