Por que a pecuária brasileira assusta

A linha vermelha indica as áreas dos EUA em que
a pecuária está sofrendo com a seca
A pecuária dos nossos vizinhos argentinos está sendo guilhotinada pelo Kirchnerismo. As exportações foram proibidas pelo governo em diversas ocasiões, a demanda interna  teve queda de 15%, e a produção definha. Os argentinos resolveram abater quase 45% de suas matrizes em um ano. Resultado: o preço mundial da carne aumenta e a produção da Argentina diminui (ver análise de Leonardo Gottems).

Nos Estados Unidos, o problema é a seca. Desde 2011 ela vem afetando o setor agropecuário do país. Os pecuaristas sofrem duplamente, pois além de perderem a qualidades de suas pastagens, também sofrem a concorrência da demanda de grão do resto do mundo, que encarece a opção do confinamento. Uma reportagem do New York Times mostra um produtor do Texas tendo que tomar decisões duras para continuar no mercado, e dizendo que "a produção de carne retornará, mas quem terá ficado para fazê-la?".

A pergunta que ele se põe é também a nossa pergunta. Quem vai ficar no mercado para continuar produzindo carne nesta época em que a demanda só aumenta e tanto argentinos quanto estadunidenses estão em crise? Haveria melhor momento para um competidor tentar frear o ganho de mercado da pecuária brasileira?

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