Parceria entre CNA e Embrapa busca soluções viáveis para o Novo Código Florestal

O Comitê Gestor do Projeto Biomas concluiu, na última sexta-feira (05/08), sua primeira reunião em 2016 avaliar os resultados das ações realizadas neste ano. Durante três dias, coordenadores e pesquisadores regionais do projeto nos seis biomas brasileiros (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal) fizeram um balanço dos experimentos realizados nas propriedades utilizadas como “vitrine tecnológica” para as pesquisas e debateram novas ações para atender ao surgimento de demandas de produtores rurais.

Iniciado em 2010, em uma parceria entre a CNA e a Embrapa, o Projeto Biomas busca aliar produção e preservação do meio ambiente a partir da introdução de árvores nativas e exóticas às atividades rurais, nas propriedades. O objetivo é recuperar espaços degradados e promover a recomposição do passivo ambiental com espécies arbóreas em áreas onde a legislação exige proteção, além de proporcionar ganhos econômicos e sociais a agricultores e pecuaristas.

Uma das ações do Projeto Biomas busca ajudar os produtores rurais a adequar suas propriedades às exigências do Código Florestal. “O projeto foi criado para isso”, explica o pesquisador da Embrapa e coordenador nacional do Projeto Biomas, Gustavo Curcio.

Segundo a coordenadora executiva do projeto, Cláudia Rabello, a demanda pelo cumprimento da legislação ambiental tem feito com que o Comitê Gestor busque novas ações. “Mostramos os ganhos econômicos e ambientais que foram alcançados, mas estamos discutindo também o que pode ser feito a mais para auxiliar o produtor e por isso algumas frentes de ação foram repensadas”, explica.

No Pantanal, os experimentos estão sendo realizados em Mato Grosso do Sul, onde boa parte dos produtores se inscreveu no Cadastro Ambiental Rural (CAR), condicionante para aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), uma das exigências previstas no Código Florestal. “Estamos fazendo ações em busca de respostas rápidas para atender aos produtores, com técnicas viáveis economicamente e eficientes do ponto de vista ambiental”, ressalta a pesquisadora da Embrapa e coordenadora regional do projeto, Cátia Urbanetz.

Na Amazônia, o retorno esperado é resultado da interação de árvores nativas e exóticas com o sistema produtivo. “Estamos tendo respostas mais rápidas do que se fizéssemos ações isoladas”, argumenta o coordenador do projeto no bioma, Alexandre Mehl. Ele explica que as pesquisas visam reverter o passivo ambiental em uma área onde o produtor possa ter rentabilidade adicional.

Sobre o Projeto Biomas

O Projeto Biomas, iniciado em 2010, é fruto de uma parceria entre a CNA e Embrapa, com a participação de mais de quatrocentos pesquisadores e professores de diferentes instituições. Os estudos estão sendo desenvolvidos nos 6 biomas brasileiros para viabilizar soluções com árvores para a proteção, recuperação e o uso sustentável de propriedades rurais nos diferentes biomas. O Projeto Biomas tem o apoio do SENAR, SEBRAE, Monsanto, John Deere e BNDES.

Em tempo, qual a ONG ambientalista fez algo parecido com isso?

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