Frango não nasce congelado no supermercado |
A Ministra ressaltou a necessidade de que os agricultores brasileiros sejam reconhecidos por esse diferencial em relação a seus concorrentes internacionais. “Qual é o fator de competitividade que o produtor brasileiro vai ganhar nos próximos 20 anos? A ‘adicionalidade positiva’ do produtor brasileiro precisará ser reconhecida”, disse Izabella.
Mas mesmo dentro da sociedade brasileira, essa externalidade positiva da agropecuária não é reconhecida, segundo a chefa da pasta do Meio Ambiente deu a entender. “A água não vem do duto da Sabesp ou da Cedae, assim como a galinha não é um frango congelado no supermercado, o que surpreende muitas crianças hoje”, afirmou.
Em tempo, é impressionante a (r)evolução que essa senhora, praticamente sozinha, está fazendo no ambientalismo brasileiro. Cada atitude dela no sentido de aproximar o ambientalismo do setor rural evidencia a forma radical e ideológica dos seus antecessores na pasta do meio ambiente e nas ONGs.
Izabella Teixeira está nos oferecendo uma oportunidade de acabarmos de uma vez por todas com o ambientalismo ecotalibã, maniqueísta, que as ONGs impingiram à sociedade brasileira.
O post foi montado com informações do SouAgro e foto é de Marcelo Camargo, da Agência Brasil.
Comentários
Bom, a única diferença dela e do Minc, é que ele usou a truculência, ela não.
E a afirmativa de que a água está acabando é incompleta.
Está se tornando escassa a água passível aos tratamentos convencionais! Ou teremos que gradativamente implantar métodos mais dispendiosos de tratamento até não ser mais possível tratá-la para o nosso consumo, ou teremos que preparar melhor nossas tecnologias, minimizando os impactos que causamos ao meio natural à níveis em que seja possível a remediação de nossas atividades.
Verdadeiramente reconheço o papel do agricultor na manutenção do equilíbrio entre produção sustentável e consumo controlado.
O problema é o próprio agricultor não reconhecer seu próprio papel. Dizer que não polui a água quando sabe da quantidade de insumos que aplica em suas culturas e o quanto a maioria desses insumos causa de dano à saúde dos trabalhadores quando mal manuseados. Imaginou o impacto deles diluídos na água e não controlados na natureza?
Cada setor produtivo tem seu papel quanto a preservação dos recursos naturais e não é nessa jogatina de responsabilidade entre ambientalistas e ruralistas que essa preservação será alcançada.
Todos, sem exceção, necessitam dos recursos naturais. Infelizmente alguns produtores rurais, uns dos que mais convivem com o meio natural, ainda não respeitam esses recursos e ficam arrumando desculpas para postergar sua parcela de responsabilidade na preservação ambiental.
E escrevo isso como filho, neto, sobrinho e futuro produtor rural, desejando a toda essa classe um pouco mais de discernimento e ação em relação a essa problemática.
É por fé em coisas que não existem como a inundação do mundo por agrotóxicos do mal.
Ciro Siqueira, vou retirar 500ml de DuPont Advance WG® para cultura de cana-de-açúcar do galpão de meu pai e diluir essa quantidade em 500.000L de água. Você consumiria essa água após a diluição?
Eu tomaria tranquilamente um suco de frutas adoçado com o açúcar produzido pelo canavial pulverizado, ou usaria etanol no meu carro.
Fique você a vontade para tomar sua beberagem.
A concentração média desse tipo de herbicida, que não é tratado completamente da água pelos métodos tradicionais, chega a ser 15x maior que 1ppm, a medida que usei no meu exemplo, durante a safra da cana-de-açúcar.
Há vários artigos de universidades da região registrando essas medidas e comparações.
O real problema? A maioria dos agricultores ainda é incrédula quanto aos males que suas atividades podem causar.
Minha dica? Manter-se atualizados quanto às tecnologias e procedimentos para minimizar impactos. Isso, claro, se o produtor ainda quiser consumidores para seus produtos daqui as algumas décadas...
Generalizar o Agro como envenenador do mundo por agrotóxico resulta na opressão de gente que não tem absolutamente nada a ver com situações pontuais.
Pode fugir, meu caro.
É comum fugir do debate quando ele toma um rumo que não nos agrada. Os ambientalistas fazem muito isso.
O uso do "No mais..." da mensagem anterior foi referente ao assunto da responsabilidade do agricultor. A síntese do que eu tinha para escrever sobre a responsabilidade do agricultor já havia sido escrita. Se você não entendeu nem a síntese, vou fundir a sua mente se entrar em detalhes.
E em relação ao ambientalismo sério, louvo as atitudes deles tanto quanto louvo as atitudes dos agricultores sérios, mas não sou ambientalista. Em minha opinião, o bem estar das pessoas é o mais importante, porém a maioria dos setores produtivos prioriza o lucro ou a estacionariedade de suas atividades e ideias na aplicação do comodismo, e não as pessoas.
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