Como Abrir Exceções ao "Código" Florestal

Numa entrevista dada hoje à GloboNews, ao vivo, na qual acabaram prevalecendo as questões sobre as chuvas torrenciais no Rio de Janeiro, com enchentes, fui perguntado sobre "áreas de riscos" em encostas. Foi uma oportunidade para dizer que "risco" não tem absolutamente nenhuma relação com o abstrato conceito de área de preservação permanente, com cobertura vegetal ou outra noção da histeria ambientalóide, mas sim com geologia e geotécnica.

Tratando-se de uma entrevista dada na cidade do Rio de janeiro, ficou fácil dar o exemplo em função das muitas obras de contenção de encostas visíveis por todo lado. Pode-se ocupar qualquer encosta por atividades agrícolas com o plantio em curva de nível e com o terraceamento adequado.


A questão já constou até de prova do ENEM, como se pode ver no vídeo, onde há imagens de um belo terraceamento na China. No Brasil, as melhores escolas de agronomia sabem perfeitamente o que é o terraceamento e até os seus benefícios para a contenção dos processos erosivos, ao mesmo tempo que contribui para melhorar as condições de recarga dos aquíferos subterrâneos. É só procurar na internet e se verá a colisão entre a percepção "ambientalista", de um lado, e o que há de mais verdadeiro na ciência e na tecnologia, além do bom senso e dos fatos.

Como resolver, então, algumas das tolas restrições ao uso do solo agrícola colocadas pelo Código Florestal nas áreas de encostas? Bem, se até o Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA acha que pode abrir exceções à lei para assegurar a regularização fundiária em áreas de favelas, que tal os governos estaduais ou, na ausência deles, as prefeitura estabelecerem que algumas dessas áreas são de interesse para fins da produção agrícola e promover diretamente o terraceamento - depois dos necessários estudos técnicos. Assim, a parcela mais xiita - e ignorante - do MP terá mais dificuldades em processar proprietários individuais, que se tornam mais vulneráveis a esse tipo de radicalismo tolo.

Afinal, abrir exceções ao tal "código" - que tem esse nome mas não é nem um código real e nem apenas florestal - será a tendência inevitável a partir de agora. Nada como o princípio da realidade para contornar tolices.

Vejam a entrevista na Globo News: Especialista em políticas públicas de meio ambiente fala sobre a forte chuva em Xerém

Comentários

Braso disse…
Caro Luiz Prado, sempre com inteligencia e acima de tudo conhecimento, nos mostras pontos que devem ser abordados em respeito a conserva de nosso solo com boas praticas e muita técnica, ficar dando ouvidos as mentiras doas ambientaloides é nocivo ao faminto povo brasileiro.