ATP pede que Polícia Rodoviária Federal acabe com bloqueios na BR-163


Empresas que atuam no porto fluvial de Miritituba, no Pará, contabilizam prejuízos da ordem de R$ 150 milhões desde 3 de julho, quando começaram bloqueios na BR-163 que impedem a chegada de milho e soja ao local, afirmou nesta quarta-feira a Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), que reúne diversas companhias e tradings, como Cargill e Bunge. A informações foi publicada pela Agência Reuters.

Desde a semana passada, protestos estão fechando na rodovia que corta o sudoeste do Pará por agricultores, comerciantes, pecuaristas e outros segmentos contrários ao veto do presidente Michel Temer à medida provisória 756, que alterava os limites da Floresta Nacional do Jamanxim. A população local espera que o Ministro do Meio Ambiente cumpra o acordo que possibilitou os vetos e envie ao Congresso um projeto de lei sobre o assunto.


Em nota enviada à Reuters, a ATP disse que o prejuízo decorre do volume de grãos que deixou de ser transportado para Miritituba, de onde as cargas são levadas em barcaças para os terminais de exportação do chamado Arco Norte. Os protestos impactam principalmente o transporte de milho, cuja segunda safra está em colheita, conforme relatos de associações de exportadores.

A ATP informou ainda em nota que existe uma liminar judicial para que a Polícia Rodoviária Federal libere a via. Mas, segundo a associação, em razão da falta de recursos para envio de policiamento aos locais dos protestos, a PRF não teria tido sucesso nesse trabalho. "A ATP reforça que a necessidade de intervenção da Polícia Rodoviária Federal é fundamental para a garantia e manutenção dos benefícios trazidos pelo agronegócio à balança comercial do Brasil."

Na opinião deste blogger, a ATP deveria se juntar aos protestos e fechar o porto até que o Governo cumpra o acerto que fez com o povo da BR-163. Se as tradings, como Cargill e Bunge acham que o povo da região aceitará ser expectadores pobres do trasporte de soja entre o Mato Grosso e Miritituba, estão muito enganados.

O arco norte será fechado se o povo do Pará não for de alguma maneira incluído no processo.

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