Por um plano de exoneração voluntária para o Ministério do Meio Ambiente @rsallesmma

Militância radical fora do governo.

O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, deveria abriu um plano de exoneração voluntária para os funcionários públicos vinculados ao seu Ministério.

Na semana passada, o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Adalberto Eberhard, pediu exoneração abrindo uma crise no órgão. Nesta quarta-feira (24) três diretores do instituto também pediram exoneração agravando o caso.

Um ofício com os pedidos de demissão coletiva circulou na manhã desta quarta-feira em grupo de troca de mensagens da Associação Nacional de Servidores da Carreira de Meio Ambiente (Ascema Nacional). Os servidores começam o documento citando a exoneração de Adalberto Eberhard e falam sobre a necessidade de que as orientações para o ICMBio sejam amparadas por uma equipe de confiança de Ricardo Salles.

O pedido de demissão de Eberhard da presidência do ICMBio foi apresentado depois que o ex-presidente do instituto acompanhou Ricardo Salles em uma agenda no Rio Grande do Sul. A intenção de Salles, ao que parece orientado pelo Presidente Bolsonaro, de refundir o ICMBio e o Ibama tem causado revolta nos dois órgãos.

Para quem não se lembra, o ICMBio foi criado por Marina Silva dividindo a estrutura e as responsabilidades do Ibama contra a vontade dos funcionários do Instituto.

Para o lugar de Adalberto Eberhard, o ministro do Meio Ambientou nomeou o coronel Homero de Giorge Cerqueira, que atuava como comandante da Polícia Militar Ambiental do estado de São Paulo. Logo depois do pedido de demissão coletiva dos três diretores, Salles anunciou no Twitter a troca de toda a diretoria do instituto e divulgou os nomes dos Cel PM Lorencini, Ten Cel PM Simanovic, Major PM Marcos Aurélio e Major PM Marcos José.
As mudanças que Salles pretende fazer no Ministério e em seus órgãos vinculados não serão suportadas pelos funcionários desses órgãos.

Por décadas o Ministério do ½ Ambiente, o Ibama e o ICMBio foram aparelhados por ex funcionários de Organizações Não Governamentais e por militantes ambientalistas radicais. Mesmo antes dos governos do PT, as ONGs já se imiscuíam no aparelho de governamental.

A presença desse pessoal no Estado fustigando o setor privado com sua ideologia e seu radicalismo gerou os votos pro-Bolsonaro exigindo mudanças no Ministério. Os eleitores de Bolsonaro querem mudanças profundas no MMA. Não é preciso lembrar que até a extinção do ministério foi cogitada no início do governo.

Essas mudanças não serão possíveis com as pessoas que lá estão hoje, muitas delas ainda oriundas de ONGs ou ambientalistas de fé profunda. Para mudar o espírito do Ministério do Meio Ambiente será necessário trocar as pessoas.

Mas não é possíveis simplesmente demiti-las. Exceção feita aos ocupantes de cargos comissionados, os demais são concursados e não podem ser expulsos da corporação.

Mas eles podem ser convidados a se retirar.

Dado o novo espírito que o Presidente eleito pelo sufrágio pretende dar à área ambiental, essa turma pode não querer mais fazer parte do estado. É conveniente que se abra uma porta para que deixem o governo.

Com habilidade acredito ser possível convencer o Ministro da Economia, Paulo Guedes, a liberar um concurso para o Ibama e o ICMBio. Novas contratações em substituição dos cargos daqueles que deixarem o governo não tem "potência fiscal".

Além disso, um concurso aberto a propósito de substituir ambientalistas radicais por ambientalistas de verdade seria bem a cara do novo espírito que o Governo Bolsonaro pretende imprimir ao governo na área ambiental. Sem mencionar que desarmaria essas exonerações pirotécnicas cujo objetivo é minar o Ministro Ricardo Salles.

Não existe aspecto ruim em um plano de exoneração voluntária para o Ministério do Meio Ambiente.

Com informações do G1 e imagens do Pixabay e de Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil compostas no Fotor.com

Em tempo, não é a primeira fez que faço esta sugestão ao atual governo: Veja aqui.

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Comentários

Unknown disse…
Realmente o autor desse texto não tem ideia da realidade dos servidores e das políticas públicas na área ambiental. A visão radical está justamente do outro lado em romper com políticas ambientais de longo prazo sem qualquer diálogo. Há um corpo técnico altamente qualificado em ongs, entidades publicas e outro orgaos preocipados com a gestao ambiental. O autor "estereotipa" todos esses como radicais. E fato que há posições polêmicas, assim como em todas as esferas sociais, mas jogar todos num saco só e de uma burrice tamanha e atitudes governamentais que, à luz da limpeza ideológica (Uma esquizofrenia da direita Radical), apoiem essas ideias vão ajudar a acabar com o meio ambiente.