Nike pactua com a miséria do povo da Amazônia

A Nike divulgou hoje no seu site que não comprará mais couro produzido no bioma Amazônico. Não importa se a produção é legal, fecha-se mais uma porta à economia e aos empregos na Amazônia. Também não importa se o couro produzido fora da Amazônia destruiu o Cerrado ou a Mata Atlântica: se não veio da Amazônia, vale.

É mais fácil destruir do que construir. A tempos a estratégia de preservação da Amazônia é a asfixia econômica. É certo que a economia da região gira em torno de atividades insustentáveis mas, na medida em que são as únicas alternativas existentes, quando você asfixia a economia, você elimina empregos e oportunidades.

Construir alternativas não é tarefa fácil. Omitir-se é a mais simples delas.

Há 22 milhões de pessoas vivendo na Amazônia e cada uma delas, direta ou indiretamente, ficou um pouco mais miserável após a decisão da Nike.

Leia o comunicado da Nike (Repare na foto. Quem escreveu o texto nunca viu a Amazônia)

Proteste. Mande um e-mail para a Nike. Mande em português mesmo, mas registre sua indignação. Eu já mandei o meu.

A Nike é uma forte candidata para o 2° Prêmio Henry Wickham de ½ Ambiente.

P.S.:
Não compre produtos que pactuam com a miséria dos brasileiros da Amazônia. Plante uma árvore, não compre produtos Nike.

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