Números do MMA: MP do Código Florestal destruirá 11 milhões de hectares de agricultura

Estimativas preliminares do Ministério do ½ Ambiente indicam que a nova versão do Código Florestal levará à destruição de 11 milhões de hectares de áreas agrícolas em beiras de rios. Isso equivale a mais de 40% do território do Estado de São Paulo e pode custar mais de R$ 100 bi.

A conta foi feita com base nas novas regras estabelecidas pela MP 571 editada pela presidente Dilma Rousseff. O texto cobra a recuperação da vegetação às margens de rios de acordo com o tamanho das propriedades. Imóveis menores, de até 2 módulos fiscais terão que recuperar uma faixa menor. A recuperação de áreas agricultadas em beiras de rio vai variar de 5 a 100 metros em cada margem, de acordo com o texto da MP

A exigência feita pelo Código Florestal representará quase o dobro de toda a área de reflorestamento no País com pinus e eucalipto, ainda segundo informação do Ministério do Meio Ambiente divulgadas pela Agência Estado. Toda a área reflorestada no Brasil no último ½ século foi de 6 milhões de hectares.

Quem acompanha o blog sabe que este blogger que vos blogga já trabalhou em um grande projeto de florestamento na Amazônia. Uma das ações desse projeto foi recuperar a floresta nativa em quase 100% de um imóvel rural comprado pelo projeto. Acompanhei de perto essa recuperação. O custo para a recuperação de cada hectare foi, em números redondos, de R$ 12 mil. Ou seja, a MP provisória do governo empurra no setor rural brasileiros um custo de R$ 132 bilhões de reais.

A ministra do ½ Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu ontem a cobrança dessa fatura pelo governo. "A prioridade é recuperar as APPs para garantir a oferta de água. Fizemos uma composição social e ambiental", disse Izabella durante uma audiência pública no Senado, ao lado de outros quatro ministros inclusive o ½ Ministro da Agricultura.

O relator do Código Florestal, senador Luiz Henrique, não definiu se mexeria na extensão da área a ser recuperada nas médias e grandes propriedades. Seu relatório será apresentado no dia 4.

Comentários

Na realidade, o Governo nunca deveria obrigar ninguém a nada, mas teria de ser feito isso através de incentivos para quem quisesse fazê-lo, mesmo porque o mundo ainda não está se acabando e o Planeta só irá ser quase que totalmente destruído mesmo é na grande tribulaçao.

Porém, o Governo não pensou duas vezes para colocar este fardo para o agricultor, que além do agricultor ter a responsabilidade de produzir alimento , terá de ceder de graça parte de sua terra e ainda arcar com as despesas para a recuperaçao destas matas ciliares, sem falar de outros fardos que terá de carregar.

Além do mais, algumas figuras raras juram que estas APPs. deveriam ser adotadas por outros países...risos.Somente loucos fariam isso, pois as melhores terras podem estar nas beiras dos rios dependendo da região

Brasil, país da confusão!
Luiz Prado disse…
Tenho uma proposta para eliminar os custos dos proprietários com essa bobagem toda: desmembrar as APPs do restante das propriedades e doá-las para o MST ou para algum laranja usado pelo MST! Que tal?

Não sei de onde esses caras tiraram que uma faixa fixa de APP igual para o Amazonas, para o Pantanal e para São Paulo protege as águas. Se isso fosse verdade, a Alemanha já teria adotado essa fórmula há décadas!