"Se eu fosse o Aldo, eu incorporaria as sugestões do governo". A frase foi dita ontem pelo presidente da Câmara, Marco Maia, do PT, após a reunião do colegiado de líderes partidários com os ministros Wagner Rossi, da grande agricultura, Izabella Teixeira, do ½ ambiente e Afonso Florence, da pequena agricultura.
A ameaça de Marco Maia se deve à recusa do deputado Aldo Rebelo de incorporar em seu relatório a íntegra do acordo fechado entre os ministros do governo. O acordo prevê a manutenção da imposição de Reserva Legal aos pequenos imóveis rurais e não aceita a redução nos limites das APPs onde há uso agrícola consolidado. Wagner Rossi e Afonso Florence, por incrível que pareça, aceitaram essa imposição dos ecoxiitas infiltrados no M½A.
Pelo acordo aceito por Rossi e Florence, os pequenos agricultores que não têm Reserva Legal suficiente continuarão obrigados a usar dinheiro do próprio bolso para destruir parte de suas próprias plantações e plantarem mato no lugar sem receberem absolutamente nada por isso. Aldo Rebelo acha, com razão, que isso levará à inviabilização de pequenos imóveis, a concentração fundiária e a êxodo rural.
Conversei por telefone com o Deputado Aldo Rebelo assim que soube desse acordo do governo. Ele me disse que havia assumido o desafio de relatar a matéria para resolver um problema, se o governo fechou um acordo que não resolve o problema, ele não poderia acatar.
A atitude irresponsável e covarde dos ministros Wagner Rossi e Afonso Florence de aceitarem um acordo que prejudica pequenos agricultores brasileiros em nome da preservação ambiental do mundo deixou Aldo Rebelo isolado em sua defesa.
O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vacarezza, do PT, também fez ameaças veladas a Aldo Rebelo. Vacarezza disse a jornalista de O Estado de São Paulo que o governo (incluindo Rossi e Florence) fechou posição a favor da exigência de reserva legal em todas as propriedades rurais do País. Sobre a possibilidade da proposta de Rebelo, que na aceita essa parte do acordo do governo, ser aprovada, Vacarezza disse: "É cedo para falar em veto, mas o governo tem uma posição fechada."
Na próxima semana, quando o relatório de Aldo Rebelo for a voto, o governo poderá tomar uma de duas atitudes. A primeira é liberar a bancada do governo para votar como quiser, ou a favor da posição de Aldo, ou a favor da imposição de RL para pequenos produtores. Nesse caso, a posição de Aldo e dos pequenos agricultores poderá sair vitoriosa, mas ainda estará sob o risco de veto da presidenta Dilma.
A segunda atitude que o governo poderá tomar é recomendar (e pressionar) a bancada a votar contra Aldo Rebelo e a favor do acordo do governo (que teve a anuência de Rossi e Florence) de manter a obrigatorieade de recuperação da RL para os pequenos agricultores. Nesse caso, mesmo que o governo perca no Legislativo, Dilma provavelmente vetará essa parte do texto. Minha opinião é de que o governo optará pela segunda estratégia.
É hora dos produtores rurais retomarem as pressões políticas sobre os deputados e o governo. Essa guerra precisa ser ganha uma batalha de cada vez. O grande movimento que reuniu mais de 20 mil produtores rurais em Brasília conseguiu o êxito de garantir a votação do relatório, mas foi apenas uma batalha ganha. Será necessário ganhar muitas outras.
O setor rural já sofreu uma grande derrota com a postura pusilânime dos seus ministros no Executivo. Agora é preciso ganhar no voto dentro do Legislativo. Recomendo que a Frente Parlamentar da Agropecuária e a CNA atuem nos bastidores tentando conseguir que o governo, pelo menos libere a banca para votar os pontos mais polêmicos. Isso já será um indicativo de que não haverá veto em caso de vitória dos agricultores.
Será preciso também contar e mapear os votos contrários à posição de Aldo Rebelo nos itens em que há desacordo com a posição do governo. Desses será preciso retirar os irredutíveis, gente como Mini Sarney, Ivan Valente, Fabio Feldman, e concentrar nos demais um trabalho de convencimento e pressão política pela aprovação do posicionamento de Aldo Rebelo. Há apenas 6 dias para esse trabalho.
Tá chegando a hora da onça beber água. Agora mais do que nunca Aldo Rebelo precisa do seu apoio. Ligue para seu presidente de sindicato rural e para os eu deputado federal. Quem puder, vá a Brasília para o corpo a corpo com os deputados indecisos. Agora ou vai, ou racha, ou desencaixa.
A ameaça de Marco Maia se deve à recusa do deputado Aldo Rebelo de incorporar em seu relatório a íntegra do acordo fechado entre os ministros do governo. O acordo prevê a manutenção da imposição de Reserva Legal aos pequenos imóveis rurais e não aceita a redução nos limites das APPs onde há uso agrícola consolidado. Wagner Rossi e Afonso Florence, por incrível que pareça, aceitaram essa imposição dos ecoxiitas infiltrados no M½A.
Pelo acordo aceito por Rossi e Florence, os pequenos agricultores que não têm Reserva Legal suficiente continuarão obrigados a usar dinheiro do próprio bolso para destruir parte de suas próprias plantações e plantarem mato no lugar sem receberem absolutamente nada por isso. Aldo Rebelo acha, com razão, que isso levará à inviabilização de pequenos imóveis, a concentração fundiária e a êxodo rural.
Conversei por telefone com o Deputado Aldo Rebelo assim que soube desse acordo do governo. Ele me disse que havia assumido o desafio de relatar a matéria para resolver um problema, se o governo fechou um acordo que não resolve o problema, ele não poderia acatar.
A atitude irresponsável e covarde dos ministros Wagner Rossi e Afonso Florence de aceitarem um acordo que prejudica pequenos agricultores brasileiros em nome da preservação ambiental do mundo deixou Aldo Rebelo isolado em sua defesa.
O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vacarezza, do PT, também fez ameaças veladas a Aldo Rebelo. Vacarezza disse a jornalista de O Estado de São Paulo que o governo (incluindo Rossi e Florence) fechou posição a favor da exigência de reserva legal em todas as propriedades rurais do País. Sobre a possibilidade da proposta de Rebelo, que na aceita essa parte do acordo do governo, ser aprovada, Vacarezza disse: "É cedo para falar em veto, mas o governo tem uma posição fechada."
Na próxima semana, quando o relatório de Aldo Rebelo for a voto, o governo poderá tomar uma de duas atitudes. A primeira é liberar a bancada do governo para votar como quiser, ou a favor da posição de Aldo, ou a favor da imposição de RL para pequenos produtores. Nesse caso, a posição de Aldo e dos pequenos agricultores poderá sair vitoriosa, mas ainda estará sob o risco de veto da presidenta Dilma.
A segunda atitude que o governo poderá tomar é recomendar (e pressionar) a bancada a votar contra Aldo Rebelo e a favor do acordo do governo (que teve a anuência de Rossi e Florence) de manter a obrigatorieade de recuperação da RL para os pequenos agricultores. Nesse caso, mesmo que o governo perca no Legislativo, Dilma provavelmente vetará essa parte do texto. Minha opinião é de que o governo optará pela segunda estratégia.
É hora dos produtores rurais retomarem as pressões políticas sobre os deputados e o governo. Essa guerra precisa ser ganha uma batalha de cada vez. O grande movimento que reuniu mais de 20 mil produtores rurais em Brasília conseguiu o êxito de garantir a votação do relatório, mas foi apenas uma batalha ganha. Será necessário ganhar muitas outras.
O setor rural já sofreu uma grande derrota com a postura pusilânime dos seus ministros no Executivo. Agora é preciso ganhar no voto dentro do Legislativo. Recomendo que a Frente Parlamentar da Agropecuária e a CNA atuem nos bastidores tentando conseguir que o governo, pelo menos libere a banca para votar os pontos mais polêmicos. Isso já será um indicativo de que não haverá veto em caso de vitória dos agricultores.
Será preciso também contar e mapear os votos contrários à posição de Aldo Rebelo nos itens em que há desacordo com a posição do governo. Desses será preciso retirar os irredutíveis, gente como Mini Sarney, Ivan Valente, Fabio Feldman, e concentrar nos demais um trabalho de convencimento e pressão política pela aprovação do posicionamento de Aldo Rebelo. Há apenas 6 dias para esse trabalho.
Tá chegando a hora da onça beber água. Agora mais do que nunca Aldo Rebelo precisa do seu apoio. Ligue para seu presidente de sindicato rural e para os eu deputado federal. Quem puder, vá a Brasília para o corpo a corpo com os deputados indecisos. Agora ou vai, ou racha, ou desencaixa.
Comentários
CONDORDO PLENAMENTE, AGORA SERIA A HORA DOS AGRICULTORES SE MANIFESTAREM, MAS A PERGUNTA É A SEGUINTE: ONDE ESTÁ A CNA(ELA DEVERIA ESTAR MOBILIZANDO PRODUTORES A BRASÍLIA)?
SE OS LÍDERES DA AGROPECUÁRIAS NÃO TOMAM A INICIATIVA, TÃO POUCO OS PEQUENOS AGRICULTORES VÃO FAZER ALGUMA COISA.
ONDE ESTÁ A LIDERANÇA?
ENQUANTO O POBRE DO ALDO DÁ UM MALHO TERRÍVEL, A LIDERANÇA DO CAMPO FICA DE BRAÇOS CRUZADOS.
FRANCAMENTE!!
FORA WAGNER ROSSI!!! (QUE DEVERIA ESTAR APOIANDO ALDO REBELO)
O Aldo, para ter um mínimo de coerência, não deve mudar nada no seu relatório e deixar que o Governo assuma a responsabilidade pelo que acontecer.
Vinicius Nardi
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