Agricultura familiar manifesta apoio à proposta de alteração do Código Florestal brasileiro

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG-RS), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), a Associação dos Fumicultores do Brasil (AFUBRA), a Organização das Cooperativas no Rio Grande do Sul (OCERGS) e a Federação das Cooperativas do Rio Grande do Sul (FECOAGRO) manifestaram seu apoio à proposta de alteração do Código Florestal brasileiro, em tramitação no Senado. Em documento assinado pelo diretor da FETAG-RS e deputado estadual, Heitor Schuch, solicitam o empenho da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, na aprovação da nova lei ambiental.

No documento, encaminhado juntamente com um abaixo-assinado a favor do novo Código Florestal, as entidades representativas da agricultura familiar afirmam que a nova lei “tirará da informalidade mais de 90% dos estabelecimentos rurais da região Sul do Brasil, em especial dos agricultores familiares”. Segundo o diretor da FETAG-RS, outras entidades do Rio Grande do Sul e também de Santa Catarina e do Paraná apóiam a manifestação.

Para reforçar a necessidade de uma nova legislação ambiental, Heitor Schuch destaca o quadro de insegurança jurídica vivida pelos produtores da região. “Pela atual lei, esses agricultores estão sempre na iminência de serem penalizados por uma legislação que, entre outras coisas, está sendo aplicada com retroatividade, especialmente no que tange à questão das APPs (Áreas de Preservação Permanente) e Reserva Legal”.

O diretor da FETAG-RS enumera, ainda, os principais eixos do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30/2011, que está sendo avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Entre eles, cita a manutenção das áreas consolidadas; o tratamento diferenciado para os agricultores da economia familiar e o pagamento por serviços ambientais. Segundo ele, essa última regra não vale somente para os que terão que se adequar à legislação, mas também aos que preservaram ao longo do tempo. “A Federação reitera a necessidade de alteração e adequação da legislação ambiental, de modo a assegurar a preservação ambiental sem inviabilizar a produção de alimentos em milhares de propriedades rurais da agricultura e pecuária familiar”, completa.

Assessoria de Comunicação CNA
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Comentários

Luiz Prado disse…
Rio Grande do Sul e Santa Catarina são os mais avançados nessa luta por um mínimo de bom senso. Onde está o Paraná? São Paulo, já sabemos, finge que é só a paulicéia desvairada! O Rio de Janeiro não tem a mais vaga idéia do que seja política agrícola! A Bahia vai sendo entregue aos chineses e o governículo não sai da fofoca. E Mato Grosso, e Mato Grosso do Sul, e o Tocantins - onde estão?
antonio disse…
Acredito que o novo código pode fazer algumas mudanças relevantes. Contudo, fico muito preocupado com a redução das áreas de proteção permanente, pois isso pode aumentar as chances de novas catástrofes como a de Nova Friburgo e Santa Catarina.