Se os demais países fizessem o que o Brasil já faz, o mundo seria bem diferente, diz Blairo Maggi.

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Ao fazer balanço sobre a participação do Brasil na Conferência do Clima (COP22), que se encerra nesta sexta-feira (18), em Marrakech, no Marrocos, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, avaliou que os esforços do país para a preservação do meio ambiente foram reconhecidos e adiantou avanços na pesquisa para uso de bactérias na fixação de nitrogênio em gramíneas, utilizadas como pastagens. O objetivo é substituir os adubos hidrogenados nesse plantio.

O ministro demonstrou satisfação ao ouvir “de lideranças e de personalidades importantes, como a secretária do Clima da ONU, Patrícia Cantellano, o reconhecimento da importância das políticas da produção agrícola no Brasil”. Maggi lembrou que o Código Florestal foi muito criticado, na época da aprovação, em 2012, mas ''hoje muitos outros governos desejam ter uma legislação ambiental como a do Brasil e não conseguem fazer”.

Substituição do adubo

“Vamos nos esforçar muito, por meio da Embrapa, nas pesquisas que estão sendo feitas, com sinais positivos, para uso de bactérias na fixação de nitrogênio em gramíneas, como já temos em cem por cento do plantio da soja”, destacou Maggi. A meta, segundo o ministro, é diminuir entre 30% e 50% a aplicação de nitrogênio nas gramíneas. Para ele, isso seria um grande avanço para a agricultura brasileira e do mundo.

Maggi observou que o país teria mais informações a mostrar na COP22 do que o que foi apresentado nesses dias. “Por exemplo, o Brasil é líder mundial no recolhimento de embalagens de agrotóxicos. De tudo que levamos para o campo, 97% trazemos de volta. Quando olho os números da França ou de outros países, veja que são incrivelmente menores.” E prometeu que o Ministério da Agricultura apresentará, em pouco tempo, o resultado de outras atividades da agricultura brasileira, “ainda não colocadas com o crédito que é merecido”.

“Com toda a certeza, posso dizer o seguinte: se os demais países fizessem o que o Brasil já faz na área de preservação de águas, de solo, de reserva legal e de áreas de preservação permanente, o mundo seria bem diferente”, avaliou Maggi.

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