Na última quarta feira os senadores que avaliam a reforma do Código Florestal ouviram alguns ex ministros do 1/2 ambiente e, no dia seguinte, alguns ex ministros da Agricultura sobre o assunto. Depois de ouvir os ex ministros, o senador Jorge Viana, relator do Código Florestal na comissão de 1/2 ambiente do Senado, se assustou com as diferenças nas opiniões. "É tão grande a distância entre o que se ouviu ontem e o que estamos ouvindo hoje que parecem relatos de países diferentes, mesmo quando se trata de ex-ministros que trabalharam para a mesma gestão. São posições antagônicas", assustou-se Viana.
Viana observou que os ex-ministros do Meu Ambiente avaliam que o projeto está muito ruim e precisa de modificações importantes, enquanto os ex-ministros da Agricultura consideram que o projeto é bom e, portanto, deve ser mantido como está. "Temos de achar um consenso para resolver o problema", disse Jorge Viana. O senador sugeriu que os ex-ministros das duas pastas se reúnam apenas entre eles, por um dia, "sem interferências externas", e depois apresentem suas conclusões ao Senado.
Diante da sugestão de Viana, o deputado federal e ex ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse que o esforço seria inútil. "O diálogo é difícil, porque os ambientalistas têm visão política e não levam em consideração os aspectos técnicos", disse Stephanes. Na opinião do deputado, muitos ambientalistas sequer conhecem o meio ambiente. "Enquanto eu estava aprendendo conservação de solo de enxada na mão, o Minc estava na praia de Ipanema.
Há uma história bíblica sobre um monarca que tentou construir uma torre que alcançasse o reino dos céus. Deus então jogou um praga sobre os trabalhadores que erguiam a torre fazendo com que eles falassem línguas diferentes. Sem entender uns aos outros foi impossível construir a torre.
Os fundamentalistas de meio ambiente perderam a capacidade de falar na mesma língua que os produtores rurais e vice versa. O movimento ambiental brasileiro é jovem. Muitos dos nossos ambientalistas são remanescentes da guerra contra o avanço sobre a floresta amazônica tocado pelo governo nos anos 60, 70 e 80. A própria Marina Silva viu de perto os assassinatos de Wilson Pinheiro e Chico Mendes no Acre. Essa guerra jogou produtores e defensores da natureza em trincheiras opostas e não é fácil superar esse ódio.
Mais recentemente juntaram-se aos jihaistas do fundamentalismo ambiental as viúvas de Marx. Gente como Ivan Valente, Fred Siskis e Carlos Minc, acostumados a perseguir produtores rurais tocados por fantasmas de latifundiários e sonhatismos de reforma agrária ampla geral e irrestrita. Esse caldo de cultura criou um ambiente inteiro onde a defesa do meio ambiente se confunde com perseguição ao latifúndio.
O ambientalismo é um torre de babel confusa, ruidosa e radical que se tornou incapaz de conversar, de ouvir o outro lado, de fazer concessões. Conciliar produtores rurais e ambientalistas depende não apenas de produtores rurais diferentes, mas também de outros ambientalistas.
Viana observou que os ex-ministros do Meu Ambiente avaliam que o projeto está muito ruim e precisa de modificações importantes, enquanto os ex-ministros da Agricultura consideram que o projeto é bom e, portanto, deve ser mantido como está. "Temos de achar um consenso para resolver o problema", disse Jorge Viana. O senador sugeriu que os ex-ministros das duas pastas se reúnam apenas entre eles, por um dia, "sem interferências externas", e depois apresentem suas conclusões ao Senado.
Diante da sugestão de Viana, o deputado federal e ex ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse que o esforço seria inútil. "O diálogo é difícil, porque os ambientalistas têm visão política e não levam em consideração os aspectos técnicos", disse Stephanes. Na opinião do deputado, muitos ambientalistas sequer conhecem o meio ambiente. "Enquanto eu estava aprendendo conservação de solo de enxada na mão, o Minc estava na praia de Ipanema.
Há uma história bíblica sobre um monarca que tentou construir uma torre que alcançasse o reino dos céus. Deus então jogou um praga sobre os trabalhadores que erguiam a torre fazendo com que eles falassem línguas diferentes. Sem entender uns aos outros foi impossível construir a torre.
Os fundamentalistas de meio ambiente perderam a capacidade de falar na mesma língua que os produtores rurais e vice versa. O movimento ambiental brasileiro é jovem. Muitos dos nossos ambientalistas são remanescentes da guerra contra o avanço sobre a floresta amazônica tocado pelo governo nos anos 60, 70 e 80. A própria Marina Silva viu de perto os assassinatos de Wilson Pinheiro e Chico Mendes no Acre. Essa guerra jogou produtores e defensores da natureza em trincheiras opostas e não é fácil superar esse ódio.
Mais recentemente juntaram-se aos jihaistas do fundamentalismo ambiental as viúvas de Marx. Gente como Ivan Valente, Fred Siskis e Carlos Minc, acostumados a perseguir produtores rurais tocados por fantasmas de latifundiários e sonhatismos de reforma agrária ampla geral e irrestrita. Esse caldo de cultura criou um ambiente inteiro onde a defesa do meio ambiente se confunde com perseguição ao latifúndio.
O ambientalismo é um torre de babel confusa, ruidosa e radical que se tornou incapaz de conversar, de ouvir o outro lado, de fazer concessões. Conciliar produtores rurais e ambientalistas depende não apenas de produtores rurais diferentes, mas também de outros ambientalistas.
Comentários
Vocês defendem a mudança, através do PL 6424 dizendo que será benéfico aos pequenos produtores, mas continuam tratando pequenos agricultores como grandes produtores...
Uma reforma no Código Florestal Brasileiro é de fato necessária, visto que as leis e seus dispositivos devem estar de acordo com o momento histórico, social e cultural da realidade brasileira e atendendo aos direitos e interesses da população do país, e não apenas de segmentos corporativos desvinculados de um projeto de desenvolvimento do mesmo, mas sim da diversidade e da pluralidade dos setores produtivos. A reforma deve ser pensada de forma multidisciplinar, analisada e discutida por todos os segmentos envolvidos.
Conheço poucas pessoas que conhecem nossa legislação ambiental, e sua história, melhor do que o Luiz Prado.
ninamsmo, você por acaso é do tipo que mora em cidade e só vai ao campo para passar fim de semana em sítio de turismo rural, ou para pesque-pague?
Se for, entendo o motivo de você não ter idéia de o que é um pequeno produtor rural.
Se não for, aí fica difícil mesmo de entender a sua ignorância sobre duas coisas:
1 - agricultor tem tempo para trabalhar, não pra ficar fazendo protesto na Av. Paulista;
2 - agricultor pode não conhecer o termpo "código florestal", mas entende muito bem a idéia de manter 20%, 35% ou 80% da sua propriedade como floresta sem receber nada por isso.
http://www.codigoflorestal.com/2011/07/veja-opiniao-de-pequenos-agricultores.html
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