Mais um setor se alia às ONGs contra reforma do Código Florestal

O Setor de geração de energia elétrica se mobiliza contra Novo Código Florestal. Pelas contas dos agentes do setor, sob liderança do Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico (FMASE), a reforma do Código Florestal transfere um passivo de R$30 bilhões dos produtores rurais para os geradores de energia. As principais lideranças do segmento pretendem atuar junto a parlamentares para que seja criada uma emenda que altere a matéria, a fim de manter o ônus da recuperação dessas áreas com os produtores rurais.
Leitor do blog foi multado porque faltaram alguns metros nessa APP. Mas não havia rio aí. Foi a usina que levou a margem do lago até o imóvel e quem foi multado foi o produtor rural.

"A pura aplicação do código tal como ele saiu da Câmara pode custar R$30 bilhões que vão contra a tarifa de energia do consumidor ou então saem do bolso dos geradores. Isso não tem muito sentido, são empreendimentos que estão lá há décadas", avalia o presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), Mario Menel.

A conta tem como base a obrigatoriedade presente no texto do novo Código de que as áreas de proteção permanentes (APPs), no entorno de hidrelétricas, sejam adquiridas, desapropriadas ou remuneradas pela restrição do uso, com as despesas sendo arcadas pelo empreendedor. Sendo assim, a soma dos gastos com compra de áreas, indenizações e outras exigências de dezenas de usinas antigas, que não tinham a preocupação de proteger as áreas ao redor dos reservatórios, chegaria aos R$30 bilhões.

Esse custo hoje recai sobre os produtores rurais. Ao elaborar o seu relatório o Deputado Aldo Rebelo transferiu propositalmente o ônus da recuperação dessas áreas do produtor para as geradoras de energia hidroelétrica e agora as geradoras estão querendo se livrar desse ônus. Os produtores rurais devem ficar atentados para que o lobby das geradoras de energia não jogue de volta esse custo aos donos dos imóveis.

Peço aos leitores aqui do Blog, Luiz Henrique e Ana, que contem usem os comentários para contar suas histórias. Ambos moravam a quilômetros de uma APP, mas os lagos das usinas levaram as APPs até as propriedades deles. E ambos sofreram duras injustiças por causa de mais essa distorção do Código Florestal.

Com informações do: Jornal da Energia

Comentários

Luiz Henrique disse…
Nesta APP da foto eu já levei três multas, uma do IAP, de R$ 60.000.00, uma da Policia Florestal de R$ 4.500,00 e uma da Promotoria de R$ 3.680.000.00.(é isto mesmo!)
A do IAP, como ainda estava em Processo administrativo, eu me enquadrei no “Programa mais Ambiente” lançado por Lula e cumprindo as metas estarei anistiado, a da Policia Florestal eu paguei, achei que não valia a pena enfrentar um processo pela quantia, a do Ministério Publico foi julgada improcedente pelo Ilmo Juiz da Comarca. Ainda bem que para uma Promotora Aloprada existe um Juiz Consciente..
Acompanhando tudo isso, para cada multa, vem também um processo criminal e um civil. Tudo isso porque em uma matricula, eu tinha uma sentença de deixar 50 metros de largura, ninguém quis saber se eu estava cumprindo ou respeitando sentença, se o Código manda 100 metros, tem de ser 100 metros, Ao invés de recorrerem contra a sentença judicial, saíram me multando a torto e direita, se julgam superiores ao Judiciário.
Por sinal, este processo em que a sentença dada, foi iniciada por uma ONG, ADEAM, de Maringá, esta ONG deixou de existir, mas a promotoria deu continuidade ao processo.
Agora, acho que podem pensar o que é querer dormir pensando em uma injusta multa de três milhões e tantos, o desgaste é imenso, muito dinheiro e tempo gasto para defesa e no final a multa foi julgada improcedente, e agora? Como é que eu fico? Quem vai me indenizar? Só o cidadão é multado quando comete erros? Pensei em entrar na Justiça pedindo ressarcimento, mas noto que o Corporativismo é grande, seria muito difícil e a corda poderia mais uma vez arrebentar no lado mais fraco.
Voltando ao tema do Artigo, existe um parecer do Ministério do Meio Ambiente, em que estas áreas de APP que margeiam Hidrelétricas, devam ser indenizadas (não só as áreas alagadas), mesmo para aquelas que foram construídas anteriormente a Lei que determina a indenização, lembrando que o prazo para entrar na justiça finda no final do ano, já que a prescrição é de 20 anos e a Lei que determina as obrigações das Usinas e de janeiro de 1992. Se não me engano o Ciro tem este parecer .
Luiz Henrique disse…
Complementando:
Nesta multa mencionada na outra mensagem, de R$ 3.680.000,00, teve a seguinte origem:
Na Sentença Judicial mencionada, foi imposto:- “Multa de R$ 1.000,00 caso não cumprisse, sem descaracterizar a obrigação de fazer”
Erros cometidos pela Promotoria 7 anos apos:
1- Determinou que eu não tinha sido cumprido, tendo base na multa do IAP ( Mas o IAP me multou desrespeitando a Sentença Judicial que eu havia respeitado)
2- A Sentença era de R$ 1000, 00 fixos, a Promotoria calculou este valor por dia, acompanhado de juros Judiciais.
3- Qualquer Processo que não é movimentado, a prescrição da multa é em cinco anos, neste se passaram sete.
POR ISSO QUE EU SEMPRE DIGO, ESTE NEGÓCIO DE APPs E RESERVA LEGAL É UMA GRANDE TOLICE DO SÉCULO E É POR ISSO QUE SÓ O BRASIL TEM ISSO.

DEVERIAM TER ABOLIDO ISSO PARCIALMENTE JÁ HÁ MUITO TEMPO ATRÁS, PRINCIPALMENTE AS APPS DE TOP DE MORRO E ENCOSTAS EM ZONAS RURAIS E SÓ MANTER EM ZONAS URBANAS OU EM ÁREAS DE RISCO.

TAMBÉM, SOMENTE MANTER UMA FAIXA MÍNIMA DE MATAS CILIARES BEM MAIS INFERIOR DO QUE O NOVO CÓDIGO EXIGE.

APÓS O NOVO CÓDIGO ENTRAR EM VIGOR, ESSE BRASIL VAI VIRAR UM CAMPO DE BATALHA, UM VERDEIRO INFERNO, POIS O MESMO ESTÁ LONGE DE SER O IDEAL, EMBORA SEJA MELHOR QUE O VELHO, AGORA COM UMA DIFERENÇA, AS EXIGÊNCIAS SERÃO INTENSIFICADAS.

CULPADOS SOMOS TODOS NÓS, POIS NUNCA EXIGIMOS A RETIRADA DESTAS ONGS LIGADAS AO MEIO AMBIENTE PARA QUE QUE ELAS SE RETIRASSEM DO PAÍS E NOS DEIXASSEM EM PAZ.

OS POLÍTICOS, ATENDEM AS ORDENS DO GOVERNO FEDERAL E ESTE POR SUA VEZ, ATENDE AS EXIGÊNCIAS DA ONU JUNTO COM TAIS ONGS QUE VIERAM DO INFERNO PARA NOS ESCRAVIZAR.

ATÉ QUANDO VAMOS ACEITAR ESTAS PRAGAS EM NOSSO MEIO?
Luiz Prado disse…
Logo essa corja do setor elétrico que não consegue cuidar nem das próprios reservatórios, que nunca desapropria ninguém, que nunca sequer sabe até onde vai o enchimento dos reservatórios, que não cuida dos processos de erosão e sedimentação nas áreas de influência desses reservatórios, que ainda continua projetando barragens sem eclusas ou passagens para peixes, que ainda tem - 25 anos depois do sistema de licenciamento - todas as barragens anteriores à lei funcionando sem licença ambiental. Um bando de incompetentes tentando transferir responsabilidades.
E uma vergonha o que estao tentando fazer com o Codigo Florestal. Essas ONGS de ambientalistas pretendem o que? Comer energia eletrica? Sera que nao percebem o que essas barragens estao fazendo com os estados da Regiao Sul? A cada ano que passa mais e mais alagamentos, destruindo milhares de casas, cujos moradores nunca recebem a atencao do governo federal? Essas empresas geradoras de energia deveriam aliar-se aos produtores rurais e agir contra essas ONGS que nem sabem o que estao fazendo, ou melhor, estao a servico de organismos internacionais que estao de olho nas riquezas brasileiras. Se formos fazer a vontade de Marina Silva e gang logo perderemos todo potencial de riquezas como o VALIOSISSIMO NIOBIO que ja esta escorregando pelo ralo da corrupcao desde 2003quando o Sebento e Dirceu comecaram as degociatas ilegais com outros paises. Cuidado Brasil.
Ana disse…
Não são os proprietários que invadem as represas, são as represas que invadem as propriedades. Antes que elas existissem havia ali proprietários trabalhando suas terras e ,com a chegada das águas, tanto o homem quanto os animais tiveram que recuar, os animais, procurando por locais secos e o homem, além de perder suas terras ainda arca com responsabilidades que seria da empresa, com respaldo do governo, apesar da represa ser artificial e não natural. As cobranças relativas aos rios e aos lagos naturais passaram a ser cobradas também das represas artificiais. Não bastassem as terras perdidas pelo proprietário, com o assoreamento das barragens, além de continuar avançando e tomando mais terras, provoca o assoreamento dos rios, com suas terras que vão para o fundo das águas. Pelas leis vigentes, o proprietário fica impedido de construir muros de contenção, considerando que a área ao redor das águas fica impedida de qualquer tipo de uso, ainda que seja para proteger, pois nesse sentido, só é entendido como proteção, plantio de matas, que passa a ser de responsabilidade do proprietário e não da empresa, o que não garante o fim do assoreamento das barragens, provocando a queda das árvores às margens das águas. Resumindo, as empresas ficam com o lucro, o proprietário fica com os encargos judiciais e, de graça deve cuidar das águas sobre a propriedade que antes era sua e lhe foi tirada e cuidar do que restou das terras numa vigília constante contra incêndios, desmatamento e matança de animais, considerando que dentro de cem metros às margens da represa, a área não pode ser utilizada, ficando todo o ônus e responsabilidade por sua conta e riscos. Dentro da lei do Código Florestal vigente, existe lógica nisto?
Ana disse…
Eu já não tive a mesma sorte do Luiz Henrique, de ter encontrado um juiz consciente em primeira instância. No meu caminho só passaram aloprados, desde o promotor até ministros e desembargadores. Por unanimidade, todos me condenaram em todas as instâncias, sem nunca terem olhado para meus olhos, com exceção do promotor, uma única vez.Por unanimidade pediram a demolição da minha casa que estava distante das margens há oitenta metros em um dos lados, mas que mentiram que estava distante há quarenta metros, tudo medido com os pés a passos largos pelo oficial de justiça e do outro lado, dentro de um terreno retangular, há uns duzentos e poucos metros, contornando o terreno, dá um quilômetro. Dentro do processo que corria, eu me defendia com advogados e eles mentiam, ao ponto que de uma casa passou para duas, entrando para o processo que não constava na autuação, a casa da netinha. Depois de sete anos de luta na justiça, a minha casa foi demolida e da netinha também, sob pena de um mil reais diários e mais o reflorestamento, sem contar a multa que já havia sido paga.Todas as despesas e prejuízos ficaram por minha conta.Isto aconteceu comigo, os outros da cidade continuam construindo quase dentro d'água e parece que com eles tudo está bem, pois tudo o que me proibiram, eles têm liberdade para fazer.Por tudo que aconteceu comigo, só posso julgar que as leis ambientais brasileiras são leis anti-cristãs, preconceituosas, visando que uns podem e outros não,impiedosa, vigarista e corrupta, pois visam aniquilar, através de multas e castigos.Assim sendo, são leis do demônio, e aqueles que aderem a ela com tal severidade, usando a máscara da hipocrisia, com certeza, fizeram pacto com Satã, e para o meu caso, desde o guarda florestal até a mais alta corte, o julgamento unânime em todas as instâncias ocorreu sob o espírito do mal. No dia anterior às demolições, num ato de desespero, recorri à promotora da minha cidade, tentando um último diálogo, e ela, num menosprezo que jamais esquecerei, de costas, no computador batendo papo, apenas disse: "Você escolhe meu bem, ou derruba as casas ou paga a partir de hoje, mil reais diários, o que te parece melhor? Ela continuou no PC dando uns risinhos, talvez por algo engraçado dito por alguém do outro lado, enquanto eu...saí com lágrimas amargas presas na garganta,tentando me reestruturar para dar início a destruição daquilo que era meu por direto.Assim...eles decidem nossas vidas.
Luiz Henrique disse…
É revoltante, se julgam acima do bem e do mal. Como pode alguém que se diz civilizado concordar com um ato deste.
Ana disse…
As empreas de telefonia e TV, pagam aluguéis aos proprietários para instalarem suas antenas. E as empresas de hidrelétricas que utilizam o terreno alheio, quando passam com suas redes elétricas, fincando postes e não pagam nada e na conta do final do mês nem um desconto? Já pensaram nisso? Já pensaram que a propriedade fica com uso restrito, considerando a rede elétrica que embaixo dela não se pode cultivar vegetação de maior porte? Já somaram os raios que cada poste ocupa, para saber o total de terras utilizadas do proprietário sem nenhum pagamento? Alguém poderá dizer que o raio é pequeno, mas em algumas propriedades não é somente um poste e sim vários. De grão em grão, a galinha enche o papo. São as grandes empresas visando apenas o lucro em cima da propriedade alheia. APPS, rede elétrica, etc...etc.
CONCORDO CONTIGO AMADA ANA, ELES SÓ PODEM TER FEITO PACTO COM LÚCIFER E DERRAMADO MUITO SANGUE, POIS PARA FAZEREM O QUE FAZEM SÓ PODEM ESTAR POSSESSO POR ESTE SER ESPIRITUAL DECAÍDO E CHEIRANDO ENXOFRE.

LAMENTÁVEL O QUE TENHO LIDO AQUI!

SE FOSSE COMIGO, COM CERTEZA BUSCARIA AJUDA DIVINA E OS COLOCARIA NAS MÃOS DE DEUS, POIS O QUE MAIS PODERÍAMOS FAZER COM ESSES SERES POSSESSOS POR TANTA MALDADE?
Ana disse…
Querido amigo, TODOPODEROSO.Depois de me condenarem a demolir as casas,( minha e da netinha), reflorestar o terreno, que antes havia plantação, pagar a multa, ainda vivo o receio de chorar por este ambiente a cada seis meses, que é o tempo dado pela CETESB para envio de relatórios preparados por um engenheiro agrônomo e entregue a eles, que repassam para a justiça, que poderão acatar ou não.No último relatório havia proposta de replantio em virtude de algumas mudas não se adaptarem ao terreno.Assim, se antes eu trabalhava para mim, livremente , nesta inversão,eu trabalho para eles, conforme o desejo deles. Só digo isso para que outros se previnam, pois para meu caso nada mais resta a fazer. Um grande abraço!
Os fracos só se tornam fortes quando se unem. Aqui na minha região, interior da Paraíba, está ocorrendo a mesma coisa, em uma barragem de 1936. Falei para os agricultores que mirem-se no exemplo dos sem-terra, com quem os poderosos pensam mil veze antes de mexer.