A visita dos produtores ao MMA

Presidente da CNA, Katia Abreu e a Ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participará do processo de regulamentação do novo Código Florestal, assegurando, assim, que as posições dos produtores rurais possam ser ouvidas e consideradas pelo Executivo. A garantia foi dada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, à presidente da CNA, senadora Kátia Abreu. Elas reuniram-se nesta quarta-feira (24/10), no ministério, para discutir alguns pontos do texto sancionado pela presidente da República, Dilma Rousseff, na semana passada, para complementar o novo Código Florestal.

Para a presidente da CNA, a situação dos produtores, especialmente os pequenos e médios, que estão produzindo comida nas Áreas de Preservação Permanente (APPs), é um dos assuntos que precisam ser considerados nessa etapa de regulamentação da lei. Defendeu que o Executivo estabeleça um escalonamento de prazos para os produtores se adaptarem ao Código, especialmente do ponto de vista econômico, respeitando um cronograma para desocupação dessas áreas. “É importante que essa questão seja observada. A CNA tem uma grande preocupação com relação a esses produtores que plantam há anos nas margens de rios”, afirmou a senadora Kátia Abreu.

Na reunião, a senadora Kátia Abreu manifestou preocupação com a possibilidade de a regulamentação do novo Código Florestal ficar, por exemplo, a cargo do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e não da Presidência da República ou do Ministério do Meio Ambiente. “Nós temos o maior respeito pelo Conama e sabemos da importância desse conselho para o Brasil, mas quem pode regulamentar essas questões é o Executivo ou o Congresso Nacional em alguns casos”, afirmou. “Nós temos a garantia de que todas as regulamentações serão feitas pela Presidência da República ou pelo ministério”, completou.

Outro aspecto discutido foi o georreferenciamento. Para a CNA, os produtores poderiam ter dificuldades para aderir ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e ao Programa de Regulamentação Ambiental (PRA) se o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) participar do processo de validação do georreferenciamento. “Isso seria um caos para o País e o texto não ficou bem normatizado nesse aspecto”, afirmou a senadora Kátia Abreu. Na reunião, a ministra Izabella Teixeira informou que a intenção não é complicar o processo. Esse assunto também foi tratado pela presidente da CNA ontem, em reunião com o Advogado-Geral da União, Luis Inácio Lucena Adams. Eles se comprometeram a apresentar uma proposta de adequação para a questão no prazo de uma semana.

Assessoria de Comunicação CNA.

Em tempo, não sei quanto a vocês, mas essas fotos da Senadora Katia Abreu conversando com a Ministra do Meio Ambiente representam muito para mim. Eu olho para isso e vejo uma lápide de mármore onde está escrito "Aqui jaz, de bruços, o Marinimso. Morreu jovem por inanição e já foi tarde".

É a segunda vez que esse encontro do Agro moderado com o Eco moderado acontece. Eu fecho os olhos e vejo o Caiadão e a Madre Teresa de Xapuri olhando para essa foto e roendo os cotovelos.

Estamos na condição de reunir o Agro do Eco, dois entes que foram separados por contingências do passado e pela conveniência do financiamento internacional das ONGs. Essas fotos são, para mim, o símbolo do fim da era dos ecotalibãs.

Comentários

e1000 disse…
Eu ja vejo essa foto e a imagem que me vem e' a de uma ovelha negociando com o Lobo, a maneira menos traumatica dele devorar o rebanho..
Os produtores rurais estão nas mãos de Isabella Teixeira e da Presidenta.

Qualquer coisa que precisarem, terão de pedir autorizaçao para Isabella.

Se a Isabella tiver que abrir mão de algo, com certeza abrirá para as ONGs.

A Kátia Abreu sabe que ela tem poder limitado, mas finge que pode fazer muita coisa.

O Ministro da Agricultura sempre esteve ausente porcausa de sua doença.

Os demais líderes da agricultura já demonstram cansaço e debilidade, jamais vão iniciar um movimento de agricultores, porque a maioria deles é medrosa.

Basicamente, é isso!

Kátia Abreu: "Os grandes produtores e os pequenos de renda alta já liquidaram o assunto e organizaram as suas APPs e reservas legais para não perder seus contratos. A nossa preocupação é a grande classe média rural Brasileira, que está bastante empobrecida, e os pequenos de baixa renda, que terão dificuldade maior de se adequar repentinamente à lei, saindo das margens de rios, que são as áreas mais férteis em qualquer lugar do mundo",
Kátia Abreu: Outro ponto que deve retomar o clima de disputas entre ambientalistas e ruralistas nas negociações sobre a regulamentação da lei é o fim da produção nas áreas de Preservação Permanente (APP). O decreto prevê um deslocamento escalonado, mas o questionamento do setor é se o prazo é suficiente para que os pequenos produtores consigam se adequar economicamente às novas regras.
Pois é, "e1000" agora as ovelhinhas terão de abandonar as beiradas dos rios, porque senão os lobos as devoram.

ACORDEM LÍDERES DA AGROPECUÁRIA!!!!

OS ÍNDIOS SÃO MAIS VALENTES DO QUE VOCÊS!!!!!!!!!

Por falar em índios...

Veja o que eles fazem quando eles querem reivindicar algum direito, inclusive terra.

Fazem assim: u u u u u u u u ...dançando e ostentando suas armas.risos

Agora, olha como os líderes da agropecuária fazem enquanto deveriam estar reivindicando o fim da obrigatoriedade das APPs: zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz.
Ainda bem. Parece que aprenderam alguma coisa...

Em todas as Câmaras Técnicas e Grupos de Trabalho do CONAMA / MMA é reservado lugar para todos os setores da Sociedade, mas só os Ambientalistas participam ativamente.

Os outros setores são negligentes ou tão ignorantes que pensam: “este negócio do Meio Ambiente é para Ambientalistas...”

E, quem não participa se estrumbica...
e1000 disse…
Chegou o inocente util, massa de manobra dos comunas, achando q ele pensa alguma coisa..