Greenpeace planeja golpe branco no Congresso Nacional brasileiro

Paulo Adário e Izabella Teixeira
Foto: Marcello Casal Jr. / ABr
Quase dez anos após a morte da ambientalista Emily Craddock, outro navio do Greenpeace volta à amazônia Brasileira. Em dezembro de 2003 a ambienatalista inglesa Emily Craddock "caiu" do navio Artic Sunrise, do Greenpeace, e foi encontrada morta dias depois na Baia do Guajará, próximo a Belém. A imprensa internacional ameaçou acusar os desmatadores da Amazônia, mas desistiu ao perceber que os culpados eram outros.

Em seu depoimento à polícia na ocasião, o capo do Greenpeace no Brasil, Paulo Adário, disse apenas que Emlly foi vista pela última vez no convés do navio na madrugada e estava triste. Lançou assim, sorrateiramente, a hipóteses de que a ambientalista tenha cometido suicídio e limpou a barra da ONG. Ninguém foi punido pela morte de Emilly. Relembre: Greenpeace campaigner on Amazon boat trip is found dead

Uma década depois outro navio do Greenpeace retorna à Amazônia para suas patacoadas habituais. A bordo do Rainbow Warrior 3, o Greenpeace lançou uma campanha para a criação de uma lei ambiental no Brasil. “Compreendemos que há um divórcio entre o que a opinião pública quer e o que os tomadores de decisão, seus representantes, estão fazendo”, diz Paulo Adario. Lembra dele? Aquele que pôs a culpa da morte de Emilly Craddock em Emilly Craddock. Adario se referia à reforma do Código Florestal em curso Congresso Nacional brasileiro. O Greenpeace não engole que o Congresso Nacional reforme o democraticamente o Código Florestal.

O projeto da ONG de ecotalibãs suicidas tem o apoio da Igreja Católica (CNBB) e do Ministério Público Federal. Para não perder aliados contra a agricultura nacional (que concorre com a agricultura forte dos países ricos), o projeto da ONG proíbe o desmatamento apenas para grandes produtores. A pequena agricultura continuará podendo desmatar a floresta. “A gente dá uma moratória para essas comunidades que hoje, para se desenvolver e alimentar, precisam desmatar”, disse Adario ao jornal O Estado de São Paulo. Entenderam a malandragem da ONG? Só os aliados do Greenpeace podem avançar sobre o meio ambiente para comer.

A lei que a ONG internacional que empurrar ao Brasil revogaria as disposições em contrário, como o próprio Código Florestal. É um golpe branco no Congresso Nacional brasileiro. Segundo a ONG, é uma alternativa ao que quer que venha a sair da mudança em discussão no Congresso. “O pessoal que quer mudar o Código Florestal fez uma lei para o desmatamento, nós estamos fazendo uma lei para as florestas”, disse Adario ao Estadão.

A campanha para colher as assinaturas será feita no próprio navio da ONG e em igrejas católicas. Serão necessárias 1,4 milhão de assinaturas, que representam 1% dos eleitores brasileiros, para que a ONG internacional possa propor ao Congresso Nacional brasileiro um projeto de lei de iniciativa popular. Para convencer os brasileiros, a ONG está investido recursos de seu orçamento na produção vários vídeos com celebridades defendendo a iniciativa, Marcos Palmeira e Camila Pitanga devem participar dos vídeos.

Ontem o CEO do Greenpeace internacional, o sul africano Kumi Naidoo, deu uma entrevista ao Portal IG. Perguntado se o Greenpeace está planejando fazer alguma ação contra o Código Florestal brasileiro, Naidoo disse sorrindo: "Não podemos dizer o que estamos planejando".

Espera-se que ninguém morra dessa vez.

Comentários

Luiz Prado disse…
Eles são sórdidos, repugnantes!
Braso disse…
Nossas lideranças tem que tomarem posição como a do Blog, sem união dos agricultores e apoio das lideranças, podemos perder a parada para esses bandidos do meio ambiente.
Harry Kasdorf Jr disse…
Nao seria o caso da CNA promover um manifesto dos produtores de todo o país? Isso poderia ser feito regionalmente. A situação esta ficando angustiante.