Código Florestal e Reforma Agrária

De acordo com a ONG Imazon, 764 assentamentos, que juntos desmataram mais de 64 mil hectares até 2010, têm entre 75% e 100% da cobertura floresta destruída ilegalmente. Na Amazônia, o Código Florestal prevê reserva legal de 80% da cobertura vegetal, em propriedades privadas e também nas áreas de reforma agrária.

Dos 2160 projetos válidos, 1511 encontram-se com mais de 20% de sua área desmatada, o que corresponde a 70% dos Projetos de Assentamento. Mais da metade dos assentamentos na Amazônia – 1156 deles - devastaram a floresta de mais de 50% de seus territórios. Ou seja, não têm Reserva Legal preservada.

Em tempo, durante a reforma do Código Florestal o Deputado Aldo Rebelo visitou vários assentamentos. Em um deles, no Pontal do Paranapanema, vive uma mulher conhecida como Diolinda Sem Terra, é Deolinda Alves de Souza, mulher do líder do MST José Rainha Júnior. Aldo ouviu de Deolinda dizer que "aos assentados, até o capim é proibido pela lei ambiental. Se a lei mudasse, poderíamos assentar um outro tanto de famílias".

E o Stedile botou o MST do ladinho das ONGs contra reforma do Código Florestal.

A foto é de Elza Fiúza, da Agência Brasil.

Leia o que escrevi aqui no blog sobre a visita ao assentamento de Diolinda Sem Terra: O MST e o Código Florestal

Comentários

O Novo Código Florestal vai continuar dando quase tantos problemas quanto o antigo.

Manter 80% de área preservada não é sustentável e simplesmente não vai funcionar. Acho que nem os índios conseguem viabilidade mantendo 80% preservados do jeito que a Lei manda.

Se o que foi feito é o que era possível, então após consolidar o novo CF, será necessário continuar a luta por outro que seja realmente Sustentável, ou seja, economicamente viável, socialmente justo e que possa ser culturalmente aceito.