Alemanha ameaça Brasil por ocupação da Amazônia


Pressionada por deputados, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse nesta quarta-feira que buscará uma "conversa franca" com o presidente do Brasil Jair Bolsonaro sobre a destruição da Floresta Amazônica. Merkel disse que vai procurar Bolsonaro na próxima cúpula do G20, que acontece a partir de sexta-feira em Osaka, no Japão.

Ao manifestar comentar as "ações do presidente brasileiro", Merkel declarou que vê "com preocupação as ações do presidente brasileiro [sobre a Amazônia], e se a oportunidade surgir no G20 pretendo ter uma conversa clara com ele, porque acho dramático o que está acontecendo no momento no Brasil". A Primeira Ministra da Alemanha estava respondendo a uma pergunta no Parlamento alemão sobre a Amazônia.

Guerra comercial travestida de luta ambiental

ONGs da Europa pediram, no início deste mês, à União Europeia (UE) que "interrompesse imediatamente as negociações" para um acordo comercial com os países do Mercosul sobre o suposto dano do Brasil a seus povos indígenas e florestas tropicais. As ONGs exigem "medidas rigorosas" contra o desmatamento e "compromissos" em favor do acordo climático de Paris e atrapalham a tentativa da UE de concluir 20 anos de negociações para um acordo de livre comércio com o Brasil e seus parceiros do Mercosul como Argentina, Uruguai e Paraguai.

"Eu acho que não concluir o acordo com o Mercosul não teria levado a um hectare a menos de desmatamento no Brasil. Pelo contrário", avaliou. "É por isso que acho que não concluir o acordo não é a resposta para o que está acontecendo no Brasil", disse ela.

Um acordo entre UE e Mercosul também é fortemente criticado pelos agricultores europeus, que temem uma invasão de produtos brasileiros com a eliminação de algumas tarifas.

Recentemente, a Alemanha mostrou discordar dos planos do governo Bolsonaro para modificar o Fundo Amazônia, que conta com recursos alemães e da Noruega para preservação da floresta tropical. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defendeu que o dinheiro seja usado para regularizações fundiárias, algo que não está previsto no acordo.

Alemanha e Noruega usam as doações para tentar controlar as politicas do Brasil para a Amazônia.

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Elza Fiùza/Agência Brasil)

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