O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira (MDB-RS), entregou, nesta terça-feira (25), ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, manifesto pelo desmatamento ilegal zero. Salles participou da reunião semanal do colegiado.
No documento, a FPA afirma que o tema é um dos mais importantes da pauta conjunta entre a agropecuária e o meio ambiente, e destaca que o governo brasileiro não dispõe ainda de ferramentas de monitoramento sobre o que é desmatamento garantido pela legislação (legal) e o ilegal, aquele que é considerado crime contra os biomas.
“Diante desse cenário os produtores rurais são criminalizados e confundidos com grileiros e outros detratores do meio ambiente”, afirma o documento. Para o presidente da FPA, a ilegalidade é desleal com esses trabalhadores. “A Frente é contra qualquer crime cometido contra o meio ambiente e defende a punição de quem o faz”.
Sobre o desmatamento ilegal zero, o ministro afirmou que é preciso ter uma estratégia conjunta para demostrar o que efetivamente está acontecendo e que não há desmonte de sistema ambiental algum.
Nesse sentido, o presidente da FPA falou sobre o trabalho conjunto do Ministério do Meio Ambiente, da Agricultura, da Ciência e Tecnologia, dos Transportes e de Relações Exteriores para criar uma política de comunicação nas embaixadas brasileiras para mostrar para a comunidade internacional a imagem real do Brasil. “Com isso, queremos fazer a recomposição sobre o que é a verdade: somos um país que conserva como nenhum outro no mundo”, afirmou.
Moreira disse também que a ferramenta de comunicação será lançada no início do segundo semestre. “Será uma estratégia com eixo de inteligência e governança entre os ministérios para que as embaixadas passem as mensagens específicas para cada país. Não vamos mais permitir que ONGs brasileiras, pagas com recursos internacionais com o único objetivo de coibir nossa capacidade produtiva, continuem difamando a imagem do Brasil”.
O vice-presidente da FPA, Sérgio Souza (MDB-PR), afirmou que é preciso preservar a imagem do produtor que desmatou de forma legal e está injustamente sendo criminalizado por isso. “No Brasil hoje, dentro das propriedades rurais a preservação chega a 48%. Nós, do setor produtivo, defendemos que pode, e deve ser criminalizado aquele que desmata de forma ilegal. Não coadunamos com o crime ambiental”.
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