Alterações no Código Florestal e mudanças climáticas: Exemplo de impostura científica

Em estudo lançado na semana passada, o Observatório do Clima, que é uma reunião de ambientalistas e dirigentes de empresas tentando fazer greenwashing, estimou que as mudanças no Código Florestal propostas pelo Deputado Aldo Rebelo levarão ao lançamento na atmosfera quase 7 bilhões de toneladas de carbono que foram acumuladas em diversos tipos de vegetação nativa. Leia aqui o estudo.

Agora reparem só a pilantragem por trás do verniz de ciência. O estudo segue uma metodologia rígida com o objetivo de fazer as pessoas acreditarem que ele é científico, mas quando você parte de premissas erradas, por mais que use uma metodologia correta, as conclusões sempre serão erradas.

O estudo parte do pressuposto de que o relatório do Deputado Aldo Rebelo "isenta de manter e recuperar a reserva legal em pequenas propriedades rurais (até quatro módulos fiscais). A isenção também se aplica ao equivalente a quatro módulos em grandes e médias propriedades." Concluem os realizadores do estudo que os imóveis estão recobertos por florestas e que, com a aprovação do relatório, estariam liberados para desmatarem essas florestas e liberar o CO2 nelas aprisionado. Daí eles calcularam quanto CO2 seria liberado e chegaram aos 7 bilhoes toneladas.

Recorte da página 11 do estudo mostrando o truque que fez o estudo concluir o que os autores queriam que ele concluísse. Isso é ciência?
Ocorre que a premissa está errada. O relatório rebelo não libera desmatamento novo, pelo contrário ele estabelece moratória para novos desmatamentos. Os imóveis rurais foram desmatados há décadas. Nenhuma única grama de CO2 novo será liberado. Os realizadores do estudo sabem disso. A traquinagem é deliberada para enganar a opinião pública que não tem a obrigação de se apegar a minúcias e confia no que dizem os ambientalistas tidos como gente do bem.

Na semana passada o deputado Mini Sarney me interpelou diretamente no twitter sobre quais seriam essas premissas equivocados do estudo. "@CiroFSiqueira quais são as premissas erradas do estudo???", perguntou-me Mini Sareney. Respondi que "o Relatório não libera desmatamento. Eles dispensa a recuperação de RL (entenda: evita transformar área de cultivo em floresta) O desmatamento das RLs liberadas pelo Relatório do Dep. Aldo já ocorreu há décadas... nenhuma molécula de CO2 a + será liberada". Mini Sarney silenciou.

Há um certo ambientalismo que não tem escrúpulo de construir e divulgar falsas verdades como essa com o objetivo de manipular jornalistas incautos e a opinião pública. A mídia e sociedade precisa desenvolver defesas contra esse tipo de impostura. Não existe bem e mal. Nem tudo o que os ambientalistas dizem é verdade, eles são apenas mais um grupo de interesse nesse debate.

Comentários

Luiz Henrique disse…
“Quanto pior, melhor”, esta realmente é a tática, sem problemas ambientais não existem $$$$ para as ONGs, se bem que se comparado com o resto do mundo, um país que tenha 60% de suas matas preservadas, não pode e não tem problema ambiental, na realidade estes problemas são inventados, são puramente comerciais, financiados por quem compete com o Brasil em produtos agrícolas.
É claro que deva haver um controle para que estes problemas não passem a existir, mas em primeiro lugar, deve-se levar em conta o interesse do Brasil como nação, entendendo que o interesse coletivo não pode ultrapassar o individual e vice-versa, sem interferência externa e uma imprensa não tão alienada com a propaganda que usa o ambientalismo para combater o capitalismo.