O governo brasileiro anunciou que desistiu do potencial hidrelétrico dos rios da bacia amazônica em razão dos ataques dos movimentos ambientalista e indigenista. A declaração foi dada por Paulo Pedrosa, Secretário Executivo do Ministério de Minas e Energia, ao jornal O Globo.
De acordo com Pedrosa, o Brasil tem o potencial de gerar mais 50 gigawatts de energia até 2050 através da construção de novas barragens, mas, desse total, apenas 23% é aceito pelos ambientalistas e indigenistas. O governo brasileiro, disse ele ao O Globo, não tem estômago para enfrentar as batalhas.
Oficialmente, o governo já deixou grandes hidrelétricas fora do radar. O Plano Decenal de Expansão de Energia, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), lista 15 usinas que podem entrar em operação até 2026, sendo as maiores delas com pouco mais de 700 megawatts (MW). O documento ressalta que a maior parte do potencial ainda a aproveitar se encontra na Região Norte e traz com ele uma série de desafios, principalmente de caráter ambiental, para seu uso na expansão da oferta de energia elétrica.
O aproveitamento hidrelétrico dos rios da bacia amazônica é alvo preferencial dos movimentos ambientalista e indigenista fartamente financiados com recursos internacionais. Em 2016, um dos primeiros atos de Sarney Filho ao assumir o Ministério do ½ Ambiente foi suspender o processo de licenciamento da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, no Pará.
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O projeto afeta uma demarcação feita às pressas e em tempo record pela Funai na área de influência da barragem. Recentemente uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados identificou influência do lobby indigenista nas ações da Funai.
Na entrevista ao jornal O Globo, o Ministério das Minas e Energia anunciou que "não vai mais lutar pelo projeto de São Luiz do Tapajós". O projeto adicionaria 8.000 MW ao sistema nacional.
Veja matéria do O Globo
Imagem: Pixabay
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