Conseqüências do ambientalismo i-rresponsável

O preço da carne em Belém acumulou alta de 23,76% de janeiro a novembro deste ano. A estimativa do Dieese-PA é de que a carne chegou ao teto do preço e a tendência é de queda no primeiro trimestre do ano que vem. Nos supermercados, nada mudou ainda, a não ser nos dias de promoção do produto.

No mercado do Guamá, um dos bairros pobres da periferia de Belém, o açougueiro Ademar Ferreira Lima e seus colegas vendem as carnes mais duras como Pá, peito e agulha a R$ 7,50 e R$ 8,50, carnes mais nobres como filé custam R$ 25,00. "No início de 2011 as coisas devem ficar melhores", espera Lima.

Num açougue do bairro da Pedreira, o açougueiro Ediel Sanches afirma que o consumidor continua pagando caro e não há previsão de melhoria. "Eu, sendo açougueiro, não estou comendo carne. As carnes de segunda - as mais populares -, como pá, agulha e peito, estão custando R$ 7,60 o quilo. O filé está R$ 26", diz Sanches.

A vendedora de refeições Socorro Figueiredo, de 42 anos, garante procurar bastante pelas promoções e ofertas, mas não sentiu qualquer redução dos preços nos locais que mais frequenta. "Continua caro em todos os lugares e pesquisar não tem adiantado muito, diz. O Dieese-PA estima que o Estado fechará 2010 com um dos custos de vida mais altos do Brasil por causa dos gastos com alimentação. Os reajustes, principalmente da carne, foram superiores à inflação, em média de 6%.

As informações são do Portal ORM

Em tempo, a pecuária do Pará vem sofrendo uma implacável perseguição do Ministério Público e ONGs que vêm exigindo que os produtores se adequem a leis que, no fundo, são impossíveis de serem cumpridas. O resultado é que o povo do Pará sobre as consequências de ser o jardim do mundo.

Outro exemplo dessa sacanagem travestida de ambientalismo é o preço do etanol. A Amazônia não tem usinas de cana e o produto tem que incorporar o custo do frete das regiões produtores até aqui. A consequência é que o Etanol custa no Pará quase a mesmo preço que a gasolina e não compensa usar. Enquanto o sul maravilha pode usar um biocombustível mais barato, os amazônidas sofrem tendo que pagar preços mais caros por serem a reserva florestal do planeta.

É por essas e outras que eu digo que o Greenpeace é relativo. É paz verde para quem é rico e desenvolvido, mas para quem vive na Amazônia é miséria verde.

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