A reforma do Código Florestal é inevitável

Em algum momento vai ter
que sair
Apesar do movimento reacionário do fundamentalismo ambientalista está se formando um consenso de que não há como barrar o movimento de alteração no Código Florestal. O jornal Diário de Pernambuco publicou hoje a seguinte nota: "O Projeto do Código Florestal, que ganhou elogiada relatoria do deputado Aldo Rabelo (PCdoB/SP), deve ser votado dia 15, já carimbado com pedido de urgência. Foi o que ficou acertado entre as principais lideranças partidárias no Congresso, após a aprovação do PL do pré-sal, que estava obstruindo a pauta. O novo Código deve ser aprovado."

O ex-secretário de meio ambiente de São Paulo e produtor rural convicto, Xico Graziano, disse hoje no seu twitter: "Código Florestal vai esquentar. Estou pensando em propor emendas ao relatório, para PSDB apresentar caso vá mesmo à votação". E emendou, "Discuti com o Capobianco essa estratégia de aprimorar o relatório Aldo, para o caso de haver votação. Dá para melhorar."

Capobianco é o Marina's Boy Mor, é uma espécie de Cardeal do fundamentalismo ambiental que não tem Papa. Sem anuência dele e de um número considerável de outros Cardeais nada é aceito pelo movimento, religião se preferir, verde.

Em conversa que tive com o Deputado Aldo Rebelo ele me disse que há um acordo para a aprovação do relatório sem emendas na Câmara. Nesse caso o esforço de Xico Graziano de pedir a bênção dos Cardeais do fundamentalismo verde será em vão. Mas é provável que o relatório seja mesmo emendado por ocasião da votação na Câmara, nesse caso não será apenas os verdes que proporão emendas. O advogado da CNA, Rodrigo Justus, me disse numa conversa em Belém que a CNA também tem sugestões a fazer ao Relatório Rebelo. Parlamentares da Frente da Agropecuária e da Amazônia devem ter nas mangas contra-emendas, propostas que se contraponham à carga do fundamentalismo verde.

Vai ser uma guerra. Os produtores rurais devem estar prontos para fazer pressão política nas ruas. Será necessário mostrar à sociedade que a mudança é necessária, que não é uma questão de expansão da fronteira.

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