Ninguém vota no PV

O TRE de São Paulo finalizou na noite de quinta-feira (16) a terceira retotalização do resultado das eleições 2010 no estado. Houve alteração na distribuição das vagas para deputado federal.

Paulo Salim Maluf (PP), que obteve 497.203 votos, conseguiu uma liminar no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que garante a sua diplomação. De acordo com o TRE, o deputado federal Sinval Malheiros Pinto Júnior, do PV, que obteve 59.209 votos, perderá a vaga por causa da alteração do quociente eleitoral. Sinval é médico, professor, foi vice prefeito de Catanduva e não faz parte do jet set do movimento verde.

Essa é uma das peculiaridades do PV. A maioria dos deputados eleitos pelo partido não tem militância na área ambiental o que leva a crer que os votos são deles e não da causa. No Distrito Federal, o advogado militante do fundamentalismo ambiental, André Lima, se candidatou a deputado federal. Lima, que é figurinha fácil no jet set do movimento verde, passou a campanha inteira pendurado na barra da saia de Marina Silva tentando angariar votos. Conseguiu pouco mais de 3 mil eleitores e ficou de fora da Câmara.

Pequeno Sarney é outro exemplo dessa chaga do PV. Os eleitores de Mini Sarney no Maranhão não têm a menor idéia do que seja uma geleira, ou do que signifique a palavra holístico (é possível que nem o próprio Sarneyzinho saiba o signifique a palavra holístico). A maioria deles vem do povo pobre do Maranhão que vota na família Sarney. Não nada de verde nisso.

O movimento verde, apesar de dominar as editorias de jornais e gozar da confiança da opinião pública, não tem voto.

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