Do que é feito o ambientalismo

Perguntado por uma repórter sobre o que faz em prol do planeta, Roberto Klabin, que ficou milhorário plantando eucalipto no sul do Brasil, deu a seguinte resposta:

Presido o SOS Mata Atlântica, que concentra suas atenções no Congresso. Com a Frente Parlamentar Ambientalista e outras ONGs, organizamos a resistência contra a aprovação da lei que altera o Código Florestal, retrocesso liderado pelo relator Aldo Rebelo. Queremos a reformulação do Código, mas sem base cientifica sólida só vamos atender interesses unilaterais de determinados setores econômicos. Luto pelo que acho melhor para a toda a sociedade brasileira, e não apenas para parte dela.

Agora veja o vídeo abaixo com parte do depoimento de Klabin na Comissão Especial do Código Florestal. Além de dono da ONG SOS Mata Atlântica e insutrial do ramo da celulose, Klabin é um grande pecuarista extensivo do pantanal.

Eis aí do que é feito o ambientalismo: jogo de cena.

Em tempo, reparem que o presidente da ONG SOS Mata Atlântica defendeu uma reformulação do Código Florestal.

Comentários

Luiz Henrique disse…
Acredito no livre arbitro, creio que qualquer um pode fazer o que quiser com sua propriedade, Roberto Klabin pode até ser um exemplo, mas nunca uma imposição em igualdade a seus atos, ninguém em bom senso é contra a preservação, eu em particular sou contra é a obrigatoriedade imposta pela lei, uma obrigatoriedade que é só do cidadão e não do Estado, e o que é pior, esta obrigatoriedade é imposta somente a alguns cidadãos, que são os proprietários rurais, uma lei que delapida o patrimônio, e mais absurdo ainda, uma lei retroativa.
Ana disse…
Concordo com Luiz Henrique. Até a bem pouco tempo, artigos referentes às leis ambientais não eram difundidos via internet. Assunto desconhecido de muitos,de maneira mais aprofundada, levou muitos advogados sem muito conhecimento de causa, considerando que o tema foi tornando-se abrangente gradativamente, a perderem suas causas.Mas penso que um advogado não trabalha sozinho, há uma equipe que analisa o processo,promotores, juízes, desembargadores, ministros...e mesmo assim é difícil encontrar uma solução em que prime o bom senso.Sendo uma lei que não é lei, confusa na mente daqueles que julgam,posto que é resolução e uma pessoa só pode ser condenada por lei, e considerando as discrepâncias de visões entre os mesmos, como podem condenar quando até mesmo eles não sabem tão profundamente sobre o assunto,parecendo brincar com a honra das pessoas? Parece brincadeira quando o ato e julgamento severo para um não significa nada para outros que cometem as mesmas ações e ficam impunes? Nisso surge o sentimento de injustiça, de desigualdade, quando, frente aos olhos da justiça, uns podem, outros não podem, baseados em que? Agir somente por denúncias é criar um país de delatores, onde por sanha de invejosos ou ciumentos, alguém ficará enredado judicialmente, pois é sabido que pelo mito bíblico de Abel e Caim, um irmão matou o outro e isto me parece amoral coisa que não combina com justiça.
Luiz Prado disse…
ELE FEZ DE CONTA QUE É O LADO BOM DA FAMÍLIA KLABIN QUE DESMATOU MASSIVAMENTE A MATA ATLÂNTICA PARA FAZER CELULOSE E OUTROS PRODUTOS MADEIREIROS, MAIS OU MENOS COMO O PEQUENO SARNAY TENTA DAR A IMPRESSÃO DE QUE HÁ UMA "DIVERSIDADE" DE OPINIÕES NO CLÃ.

ALÉM DISSO, ROBERTO KLABIN É DE UMA ARROGÂNCIA SEM FIM, CARACTERÍSTICA DA FAMÍLIA, DOS "BEM NASCIDOS". PE SPI SEBTAR COM ELE PARA SABER QUE NÃO É MUITO DIFRENTE DO OUTRO, DO ISRAEL KLABIN, PRESIDENTE DA ONG DE FACHADA FUDANÇÃO BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, QUE RECEBE AS PARCELAS DEDUTÍVEIS DO IMPOSTO DE RENDA DE SUAS EMPRESAS.
Luiz Henrique disse…
Ana,
Este é o país do "Salve-se quem puder".
Eu fui multado e ameaçado de prisão por não ter respeitado uma resolução do CONAMA e sim uma sentença judicial, é o absurdos dos absurdos.
Penso que se o órgão ambiental que me multou e me ameaçou, pela plena justiça, deveria recorrer contra a Sentença Judicial, mas dessa nem tomou conhecimento, para eles não vale nada, julgam que estão acima dos poderes constituídos.
Luiz Prado disse…
A família Klabin ganhou dinheiro mesmo foi desmatando Mata Atlântica para fazer papel e celulose. A história pode ser encontrada na própria página da Klabin, em

http://www.klabin.com.br/ma1100/pt-br/historia.aspx?AspxAutoDetectCookieSupport=1#

A primeira instalação para a produção de semntes de eucalipto se dá em 1969, as primeiras mudas em 1972.

Fora o que, se nas monoculturas de eucalipto - ao menos da Aracruz até há alguns anos ´era impossível encontrar matas nativas replantadas em faixas marginais de proteção ou delimictação de áreas de recargad do aquífero ou estudos sobre hidrogeologia monitorando a proundidade, a vazão e e extensão do aquífero.
Ana disse…
Oi, Luiz Henrique!
Desde 2004,quando fui autuada por um guarda florestal por estar usando uma área às margens da represa, que segundo ele, dentro de cem metros não se pode fazer nada, nunca mais tive sossego.Quando comprei o terreno,uma área de treze mil e quinhentos metros,o ex-dono cultivava milho no local.Enquanto estava com ele,nenhum guarda apareceu,assim como não apareceu nas propriedades vizinhas, que dentro desta teoria dos cem metros, todos estão irregulares.Plantei e construí no local, e enquanto estava sendo feita a construção, nenhum guarda apareceu, assim que ficou pronta,nem pude usá-la,a promotoria embargou a propriedade.Nesse tempo,o terreno vizinho era da minha netinha,sendo que também havia uma casa de ex-donos antigos.E não é que no desenrolar do processo, que mais enrolava que desenrolava, pelo número de matrícula, acrescentaram o terreno da menina? Perdendo em primeira e segunda instância, trocamos de advogados três vezes,e o processo chegou ao pico e iniciou-se o a segunda rodada até onde deu,quando deram o xeque mate.Seis meses para demolição tanto da minha casa quanto da netinha. Enfiaram a faca no peito quando impuseram uma multa diária de mil reais, veja o espanto, mil reais diários.Quem teria condição de continuar com as residências em pé?Por nossas mãos tivemos que demolí-las. Seis anos, mantendo advogados, por uma causa perdida. Por seis anos fomos tachados de bandidos frente a sociedade. Sabe-se, que em países desenvolvidos, pessoas que perdem uma causa na justiça, passam por acompanhamentos psicológicos e nós? Somos renegados a ter que digerir a perda,traumatizados que ficamos frente ao estardalhaço que fazem com nossas vidas, até recobrar os sentidos da razão por nós mesmos e descobrir à luz da lucidez que realmente...estamos perdidos. Tudo isso, para mostrar a sociedade que eles trabalham sério e nós somos o exemplo para os outros.Na minha visão, a natureza também perdeu com minhas perdas, pois em época de seca, muitas plantas eu reguei.Hoje, sou obrigada a reflorestar uma área, que antes não havia nada, hoje, refloresto uma área que não posso usufruir. Isso é justo?