Sob pressão do fundamentalismo ambiental governo veta votação do Código Florestal

Prioridade do governo é legalizar os
bingos. Agricultura não é prioridade.

O líder o governo na Câmara, Deputado Cândido Vaccarezza, disse ao site Congresso em Foco que o martelo está batido para que a votação do projeto de Aldo Rebelo Não seja votado este ano. Segundo Vaccarezza, a base governista no Congresso tem outras prioridades, como a legalização dos bingos e não irá colocar em votação o relatório de Aldo Rebelo.

"O governo não vai votar o Código Florestal este ano. Essa matéria é muito polêmica e não têm consenso entre os líderes. Ano que vem, nós votamos isso", tergiversou Vaccarezza. Todos os líderes, exceto os do PV, PSol e Vacarezza, querem votar o relatório. Apesar de falar em nome do PT, Vacarezza diz o que o governo quer. Muitos deputados do PT querem votar o relatório.

O Congresso tem mais duas semanas de atividade antes de encerrar a atual legislatura. Como disse Vacarezza o governo que votar outros projetos entre eles a legalização dos bingos e não tempo para resolver problemas da agricultura.

Em reação a decisão do governo Lula parlamentares ligados à agricultura tentam votar no plenário da Câmara dois requerimentos de pedido de urgência para que o projeto de Aldo seja apreciado antes de outras matérias. Os requerimentos não foram apreciados por intervenção da bancada governista. A banca da agricultura pretende votar novamente os requerimentos na próxima semana. Se for aprovado os requerimentos de urgência, o projeto do novo código vai para quarto lugar na lista de votações das sessões extraordinárias. Os projetos da Lei Kandir, dos bingos e do super simples também estão sob regime de urgência.

A votação do projeto do novo código tem apoio da maioria de líderes de partidos, que são os responsáveis por definir a pauta do plenário. Há, no entanto, forte reação contrária do Psol e PV além da decisão de cima para baixo do governo. Alguns petistas querem evitar o desgaste de uma votação tão polêmica neste momento de transição de governo.

O relatório de Aldo Rebelo foi aprovado em julho em comissão especial da Câmara. Na época, parlamentares firmaram um acordo para votar a proposta em plenário somente depois das eleições. Agora o governo resolver descumprir o acordo.