A irresponsabilidade ambiental e o bife de Carlos Minc

Enquanto o brasileiro sofre os efeitos do aumento no preço da carne e assiste o produto trazer de volta o fantasma da inflação o ex-ministro de ½ Ambiente, Caros Minc, cobrou, durante a COP-16, Conferência do Clima, em Cancún, no México, que a associação brasileira de supermercados cumpra o "protocolo carne legal", assinado em dezembro do ano passado. O acordo prevê a retirada das gôndolas dos supermercados carnes provenientes de fazendas que não cumprem a legislação ambiental inexequível do governo.

"O protocolo indicava que, em um ano, iríamos tirar da prateleira a carne de origem ilegal. Esse prazo já venceu, mas os produtores de carne estão pedindo um adiamento. Estão querendo postergar mais um ano alegando uma série de dificuldades", criticou Minc, sustentando que a pecuária é a maior causa de desmatamento.

Minc lembra empertigado que a análise é em toda a cadeia, desde a fazenda de engorda até o frigorífico. "Um produtor pequeno ainda não ter condições de ser certificado não é motivo para não aplicarmos a medida para todas as outras, bem maiores". Além do combate pesado na venda do produto, Minc, enquanto ministro, também fortaleceu a coordenação de exército e aeronautica para fiscalizar a região.

"Demos pancada e leiloamos bois ilegais para pegar no bolso, para mostrar que o crime ambiental não compensa", orgulhou-se Minc. Segundo Minc, o desmatamento caiu praticamente pela metade nos últimos dois anos, graças à "porrada no boi pirata".

Veja no post abaixo a outra conseqüência da perseguição de Carlos Minc: Qual a ligação entre o preço de carne e o ambientalismo?

Em tempo, em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, da RedeTV, Minc confessou que a primeira coisa que ele faz ao voltar ao Brasil depois do exílio político foi comer um bife com alho no Lammas, um restaurante do Rio. Quando estive no Rio fiz questão de ir ao Lammas. Pedi um bife com alho e é realmente saborosíssimo. Perguntei a vários empregados do restaurante se eles sabiam de onde vinha aquela carne. Ninguém soube me dizer.

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