Código Florestal: Aldo Rebelo altera radicalmente seu relatório durante o Carnaval

O Deputado Aldo Rebelo passou o carnaval em Brasília, trabalhando em seu gabinete, fazendo alterações no Relatório do Código Florestal. Aldo decidiu acatar a maioria das solicitações feitas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG).

De acordo com o Portal IG, Aldo incluirá no Relatório a flexibilização de normas para o produtor familiar recompor seus deficites de RL e APP e a permissão para permanecer explorando encostas ou vazantes onde já tenha atuação estabelecida.

Pela mudança, cai pela metade a obrigação dos pequenos produtores em recompor APPs. O limite mínimo ficará reduzido a 7,5 metros, para os córregos menores. A distância máxima, de 500 metros, cairá a 250 metros, para o agricultor familiar e o "grande latifúndio agrário-exportador" que se dane.

Outra proposta da Contag que Aldo incluirá no relatório é a permissão de permanência de pequenos produtores rurais e cabras nas encostas já consolidadas e nas vazantes de rios ou lagos, desde que essas áreas já sejam exploradas e não impliquem supressão de novas áreas de vegetação nativa. Rebelo deve aceitar, ainda, proposta que premia municípios da Amazônia cuja território seja ocupado por Unidades de Conservação. Nesses municípios a obrigatoriedade de RL cairá para 30%. “É polêmico, mas é justo, porque senão inviabiliza a economia da cidade”, diz Rebelo.

O relator vai aceitar também proposta que solicita que o plantio ou reflorestamento de árvores nativas ou exóticas, como mogno e seringueira, tenham a sua extração livre de controle, desde que haja permissão prévia de órgão ambiental - tanto para o pequeno quanto para o grande agricultor. Hoje, mesmo que o agricultor plante essas árvores, deve pedir autorização para cortá-las.

Ainda por solicitação dos trabalhadores na agricultura, Rebelo deve incorporar ao seu texto previsões para simplificar a relação do pequeno agricultor com o Estado. Haverá condições especiais para o pequeno produtor elaborar um plano de manejo em reserva legal e ele será dispensado de diversas burocracias cartoriais.

Rebelo deve incluir no Relatório a criação de um fundo estatal para a auxiliar esses pequenos produtores na regularização fundiária, por exemplo, oferecendo crédito ou recursos para ele recompor matas siliares que foram suprimidas além do limite permitido. Essas medidas podem reduzir o êxodo rural, além de melhorar as condilções para manutenção dessas família no campo, onde predomina a baixa renda, entre um e dois salários mínimos, diz Rebelo.

Em tempo, sugiro ao Deputado Aldo Rebelo que vincule os recursos do Fundo Amazônia a esse novo fundo estatal. Os recursos do Fundo Amazônia vem sendo quase completamente apropriado por ONGs como o Imazon, Tnc, Isa, etc. Ademais, vai ser divertido ver os fundamentalistas de meio ambiente espernearem diante dessas mudanças que atendem à agricultura familiar. Quero ver eles rebolarem para não perder os aliados.

Comentários

Luiz Prado disse…
ALDO CAMINHA, AINDA QUE A PASSOS DE CÁGADO.

JÁ À CONTAG, SUGERE-SE UM BANHO DE NACIONALISMO, MANDANDO TRADUZIR O ESTUDO EM QUE OS GRANDES PRODUTORES RURAIS NORTE-AMERICANOS SE PROPÕEM A GANHAR MUITO DINHEIRO DETENDO O AVANÇO DAS FRONTEIRAS AGRÍCOLAS NO BRASIL. O ESTUDO PODE SER ENCONTRADO EM http://adpartners.org/ OU, HOJE, EM www.luizprado.com.br.

QUE TAL ESSA GENTE PENSAR NO BRASIL EM VEZ DE PENSAR APENAS EM INTERESSES DE GRUPOS MAIS ORGANIZADOS E MAIS PRÓXIMOS DO PT?
Cristina disse…
Como pequena produtora obviamente concordo em diferenças na lei, entre grandes e pequenos, principalmente na área de mata ciliar e na parte burocrática (ou burrocrática?). Mas acho um absurdo como tratam o agronegócio aqui no Brasil. É quase um crime ser grande produtor e ter lucro. A campanha da "fraternidade" deste ano novamente vem criticar este modelo de produção, sendo que é ele quem alimenta os brasileiros com comida barata e de qualidade, além de movimentar a economia e ser responsável por grande parcela do PIB. Em qualquer país do mundo você é dono de sua propriedade. Aqui no Brasil, você não tem o direito nem de produzir!
Ana disse…
Slogan da igreja" Planeta geme em dores de parto" Estou pensando que se continuarem a prejudicar a agricultura como estão fazendo, o parto do planeta não será as lavouras com suas ricas variedades de grãos e vegetais e sim o parto de monstros adoradores da fome e miséria.
Ana disse…
Acabei de ler um artigo que diz que haverá um dia para a igreja coletar fundos de solidariedade. Coitado do deputado! Muita força enraizada em nome do planeta.Com o tempo,quando o povo não tiver mais condição de doar nada,espero que a igreja faça uso de suas riquezas em favor dos pobres.
Cristina disse…
Olá Ana! Eu realmente não entendo o que querem estes movimentos. Acredito que trabalhar na terra é que não é! Mas porque simplesmente não deixam em paz quem quer? A alimentação é a base de sobrevivência de qualquer ser humano e não é considerada prioridade em nosso país pois, se assim o fosse, produtores teriam subsídios e apoio ao invés de perseguição e altas taxas de impostos. A união da Igreja com movimentos de esquerda só produziu absurdos até hoje. Nunca vi nada de bom.
Ana disse…
Olá, Cristina! A igreja não simpatiza com pessoas que não comungam os mesmos ideais. Mesmo que os ideais sejam pela vida, conhecimento e verdade. No passado, homens que instruíam o povo através do conhecimento, os homens das ciências, eram perseguidos e mortos. As mulheres sábias, que debatiam, eram lançadas às fogueiras como bruxas. Este domínio era reforçado pelas idéias da existência do inferno, do pecado e do castigo, assim, dominava pelo medo. Hoje, consegue-se as mesmas proezas usando outra tática. Um exemplo é tirar a condição do cultivo, assim, falta o alimento e o resultado é mais abrangente já que atinge um número maior de pessoas. Prega-se a humildade, mas bajula os ricos. Já percebeu um velório de político ou de uma pessoa célebre? Desta forma, passa a idéia de que luta pelos pobres, mas na verdade está a serviço do governo e a igreja é o poder. Quem se atreve a defrontá-la é excomungado, colocado a mercê, marginalizado. E o perdão que pregam? É aí que entra a máxima “faça o que mando, não faça o que eu faço”.
Ana Candida disse…
É lamentável ver pessoas falando da igreja de uma forma crítica, igreja não fala por si só, sou Ambientalista e estudante de Direito, e o que vejo que esse será mais um plano que se tem para acabar com o pequeno produtor, no Brasil os programas não beneficiam pobres e nem quem quer trabalhar. Podemos ver nos programas do PAC, onde promotores, advogados, funcionários de empresas multinacionais moram onde deveriam morar pessoas pobres, pessoas essas que vendem seus apts, o PROUNI é outro programa onde ricos se beneficiam, o Bolsa Família, pessoas laranjas pegam o dinheiro e dão para funcionários de Prefeituras, o mesmo vai acontecer com os pequenos latifundiários, vão vender as suas terras, para o Grandes.