Por Roberto Cavalcanti, ex-senador e empresário.
Ao apertar um interruptor, o brasileiro aciona o sistema integrado de energia elétrica- um complexo que engloba todas as regiões do País e opera hoje, em quase sua totalidade, com energia gerada nas hidrelétricas.
Uma geração que em passado muito recente era aclamada como limpa e renovável. Mas que ultimamente vem enfrentando a resistência de ecologistas dentro e fora do País.
A verdade é que o Brasil vem assistindo a uma série de protestos orquestrados por entidades ambientalistas - muitas das quais com ramificações internacionais - contra a construção de hidrelétricas.
Até astros de Hollywood tem desembarcado por aqui, megafone em punho, bradando contra nossa forma de gerar energia. Afinal, o que acontecesse com a matriz energética brasileira? Por que, não mais do que de repente, os ambientalistas resolveram torcer o nariz para a hidroeletricidade?
A palavra, para começar a desembaralhar o mistério, é competitividade. A outra é inveja do grande potencial hidroelétrico brasileiro. Aliás, o Brasil é - privilegiadamente - o único no mundo que pode compor cem por cento de sua matriz energética por meio da hidroeletricidade, enquanto os demais países não podem prescindir de outros meios.
E o mundo sabe que a hidroeletricidade-renovável e barata- dá ao Brasil um plus na redução do custo produtivo - uma característica que, em setores como a siderurgia, por exemplo, poderia transformar o País em um líder Mundial.
Escondido sob o manto da preocupação ecológica pode estar aí a verdadeira razão das insurgências contra as hidrelétricas. Paralelo as ações "ecológicas", assistimos lobbies pesados para que o País altere paulatinamente sua matriz energética,
migrando para as termoelétricas ( mais caras e movidas a combustíveis fósseis com alto potencial de poluente ), sob o argumento de que podem ser acionadas em momentos de seca. O lobby se estende, ainda, à defesa da geração eólica e solar. Mas a que custo? Menos poluentes são sim, mas a operação, com a teconologia disponível atualmente, as inviabilizam para atender grandes demandas.
O que nos leva de volta às hidrelétricas e as seguintes reflexões: primeiro, o fato de que deixamos de fazê-las em tempos de paz, quando a pressão ecológica era mais poética e menos comprometida com os interesses político-econômicos.
Segundo, para alertar sobre os reais interesses que movem os ataques contra as hidrelétricas. Os ambientalistas que me perdoem, mas os protestos não acontecem por acaso. Nem se resumem a sustentabilidades ecológicas.
Há uma clara instrumentalização para abalar a performance da produtividade brasileira. E se há uma guerra em curso no mundo, ela se desenrola- furiosamente-nas disputas pelo comércio exterior. E as armas usadas nem sempre são limpas: vale um dumping, as flexões cambiais e até as sabotagens.
E é sabotando nossa matriz energética que nossos concorrentes esperam estreitar os espaços do Brasil e desequilibrar a balança comercial do País. É hora de acender a luz e enxergar a verdade: estamos diante de ecologistas ou sabotadores?
Publicado originalmente no jornal Correio da Paraíba
Ao apertar um interruptor, o brasileiro aciona o sistema integrado de energia elétrica- um complexo que engloba todas as regiões do País e opera hoje, em quase sua totalidade, com energia gerada nas hidrelétricas.
Uma geração que em passado muito recente era aclamada como limpa e renovável. Mas que ultimamente vem enfrentando a resistência de ecologistas dentro e fora do País.
A verdade é que o Brasil vem assistindo a uma série de protestos orquestrados por entidades ambientalistas - muitas das quais com ramificações internacionais - contra a construção de hidrelétricas.
Até astros de Hollywood tem desembarcado por aqui, megafone em punho, bradando contra nossa forma de gerar energia. Afinal, o que acontecesse com a matriz energética brasileira? Por que, não mais do que de repente, os ambientalistas resolveram torcer o nariz para a hidroeletricidade?
A palavra, para começar a desembaralhar o mistério, é competitividade. A outra é inveja do grande potencial hidroelétrico brasileiro. Aliás, o Brasil é - privilegiadamente - o único no mundo que pode compor cem por cento de sua matriz energética por meio da hidroeletricidade, enquanto os demais países não podem prescindir de outros meios.
E o mundo sabe que a hidroeletricidade-renovável e barata- dá ao Brasil um plus na redução do custo produtivo - uma característica que, em setores como a siderurgia, por exemplo, poderia transformar o País em um líder Mundial.
Escondido sob o manto da preocupação ecológica pode estar aí a verdadeira razão das insurgências contra as hidrelétricas. Paralelo as ações "ecológicas", assistimos lobbies pesados para que o País altere paulatinamente sua matriz energética,
migrando para as termoelétricas ( mais caras e movidas a combustíveis fósseis com alto potencial de poluente ), sob o argumento de que podem ser acionadas em momentos de seca. O lobby se estende, ainda, à defesa da geração eólica e solar. Mas a que custo? Menos poluentes são sim, mas a operação, com a teconologia disponível atualmente, as inviabilizam para atender grandes demandas.
O que nos leva de volta às hidrelétricas e as seguintes reflexões: primeiro, o fato de que deixamos de fazê-las em tempos de paz, quando a pressão ecológica era mais poética e menos comprometida com os interesses político-econômicos.
Segundo, para alertar sobre os reais interesses que movem os ataques contra as hidrelétricas. Os ambientalistas que me perdoem, mas os protestos não acontecem por acaso. Nem se resumem a sustentabilidades ecológicas.
Há uma clara instrumentalização para abalar a performance da produtividade brasileira. E se há uma guerra em curso no mundo, ela se desenrola- furiosamente-nas disputas pelo comércio exterior. E as armas usadas nem sempre são limpas: vale um dumping, as flexões cambiais e até as sabotagens.
E é sabotando nossa matriz energética que nossos concorrentes esperam estreitar os espaços do Brasil e desequilibrar a balança comercial do País. É hora de acender a luz e enxergar a verdade: estamos diante de ecologistas ou sabotadores?
Publicado originalmente no jornal Correio da Paraíba
Comentários
> Excelente materia! Os ingleses que praticaram (India, etc) e ainda praticam (Malvinas, etc) colonoalismo mundo afora se dão bem com Marina assim como se davam com Chico Mendes. Eles sabem mesmo é caçar elefantes na Africa e alrdear que protegem o meio ambiente...na terra dos outros. Um mau exemplo para o mundo!
KKKKKKKKKKK
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