Multa do Ibama no Santander é a cara de Sarney Filho

A autuação milionária imposta pelo Ibama ao banco Santander por financiar atividades agrícolas supostamente de forma irregular marca uma mudança de estratégia do órgão ambiental na gestão Sarney Filho. A repressão ao desmatamento na Amazônia imposta pela ex ministra Izabella Teixeira concentrava esforços nas atividades dos infratores, mas a ordem agora é envolver nas operações todos os agentes que atuam no negócio, sufocando seu financiamento e punindo todos os elos da cadeia produtiva. A estratégia de criar terror na cadeia produtiva é marca das ONGs ambientalistas que voltaram a ter influência no Ministério do Meio Ambiente com a retorno de Sarneyzinho ao comando da pasta.

Aterrorizar a cadeia a produtiva resulta na retração dos elos industriais e de serviços a montante a jusante da produção, tem afeito não apenas sobre quem comete a infração ambiental, mas também sobre aqueles que atuam legalmente. É bem provável que o Santander, e talvez os outros bancos privados, suspendam todos os financiamentos na Amazônia ante a incapacidade de verificar quem é legal e quem não é.

As ONGs nunca se importaram com isso. Para elas o que vale é manchete nos jornais.

A Ministra Izabella Teixeira nunca aceitou pautar as ações do Ministério do Meio Ambiente por esse modus operandi das ONGs ambientalistas. Sarney Filho não tem tais escrúpulos.

Atuando só sobre quem comete infrações, o Ministério do Meio ambiente reduziu o desmatamento em mais de 80% nos últimos 10 anos. Mas Sarney Filho resolveu mudar a estratégia apesar de sua clara eficácia. Não há outra razão para essa mudança a não ser agradar as ONGs.

Este blog nunca teve dúvidas de que Sarney Filho à frente do Ministério do Meio Ambiente traria muito mais problemas para o setor rural do que a era PTista sob o comando de Izabella Teixeira. Izabella era uma técnica sem pretensões políticas cujo futuro não dependia do opinião do Greenpeace ou do WWF. Já Sarney Filho não tem futuro político sem as ONGs o que o força a bajular o ambientalismo radical.

O futuro é sombrio. Sarneyzinho continuará a dar vezo às sandices das ONGs e dos ambientalistas radicais do Ministério Público. O agro que se cuide.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

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