Abiove e Aprosoja rechaçam moratória da soja no cerrado e ameaçam manifestação contra proposta de Sarney Filho

Carlos Lovatelli, Presidente da Abiove: "Não é necessário uma moratória da soja para o Cerrado".
Depois de entubar a chantagem das ONGs com a moratória da soja na Amazônia, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) rechaçou a extensão do acordo para o cerrado. A proposta foi lançada pelo atual Ministro do Meio Ambiente, Sarneyzinho Filho durante solenidade para comemorar os 10 anos da Moratória da Soja, na semana passada,

De acordo com nota divulgada nesta segunda-feira, dia 24, se disse contra a moratória da soja no Cerrado nos moldes da existente no bioma Amazônia. Segundo a entidade, a medida "não é necessária".

Segundo a Abiove, o compromisso de não comercializar nem financiar a soja produzida em áreas abertas legalmente no Bioma Amazônia foi necessário em 2006 "porque a governança ambiental pública era incipiente e o desmatamento se encontrava em patamares elevados. Neste período de 10 anos, a governança pública melhorou significativamente, o que acarretou redução expressiva do desmatamento. A longa discussão sobre a legislação ambiental, no Congresso Nacional, foi concluída, e houve a aprovação do Código Florestal de 2012, uma das leis ambientais mais rigorosas do mundo, que vale para todas as culturas e atividades agropecuárias, não apenas para a soja", diz a entidade.

Para a Abiove, não há uma situação de crise que justifique uma Moratória para o Cerrado. "A indústria processadora e comercializadora de soja defende o desmatamento ilegal zero no Cerrado, o que implica valorizar o Código Florestal e seus principais instrumentos, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Regularização Ambiental (PRA)", afirma a nota.

O presidente da Aprosoja Brasil, Marcos da Rosa, também rechaçou a proposta do Ministro Sarneyzinho. Em entrevista ao programa Notícias Agrícolas, Rosa convocou os produtores rurais a estarem de prontidão para uma grande manifestação em Brasília caso Sarney Filho leve adiante a proposta das ONGs.

Com informações da Abiove e foto de Elza Fiuza/Agência Brasil


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