De acordo com o Código Florestal produtor rural não pode transar sem camisinha

Imaginem a seguinte situação. José Jegger, um produtor rural, comprou uma fazenda na Amazônia em 1979 e fez o que a lei exigia, desmatou 50% dela. Zé vendeu a madeira, plantou capim e botou lá umas vaquinhas.

Um belo dia Zé resolveu gastar uma parte do seu dinheiro. Zé dirigiu por uns 500 km de estrada de terra cheia de atoleiros, pegou um avião em Belém e foi para o Rio de Janeiro. No Rio, José conheceu uma cocota judia carioca chamada Luciana Xi Mendes Baufild. Zé e Luciana bateram um papo, tomaram uns drinks e tiveram um relacionamento casual despretensioso em uma boate de Copacabana. No dia seguinte, Zé, de ressaca, voltou para a Amazônia onde tocou a sua vida até morrer em 1995 engasgado com um caroço de andiroba depois de perambular por dias pela Amazônia procurando em vão atendimento num hospital público.

Ocorre que o relacionamento de Zé e Luciana, em 1979, resultou no Zezinho que nasceu em 1980 e nunca conheceu, nem quis, o pai. O carioca Zezinho tem hoje 30 anos, gosta de surffar e mora em Ipanema. Ao morrer Zé, que em vida nunca infringira uma única lei, deixou para Zezinho sua fazenda na Amazônia que hoje tem um defict de Reserva Legal de 30% e cujo custo de recuperação tem 7 dígitos em qualquer moeda.

De acordo com o Código Florestal, que os ambientalistas dizem ser a lei ambiental mais avançada da Via Láctea, Zezinho, que nunca esteve na Amazônia, nunca desmatou uma árvore, é vegetariano e filiado à SOS Mata Atlântica, será obrigado a recuperar a floresta original da Reserva Legal da propriedade que nunca viu, onde nunca esteve, mas que recebeu como herança de seu pai.

Conclusão: se você é produtor rural no Brasil e tem terra no seu nome, não tenha filhos. Eles podem ser imputados por "crimes" que nem você nem ele cometeram. Graças à lei ambiental mais avançada do mundo. Acho que essa lei avançou tanto que se perdeu-se.

Ilustração de Jennifer Strenge para o Purgatório descrito por Dante Alighieri n'A Divina Comédia. O purgatório é um lugar para onde vão as crianças que morrem antes de serem batizadas. Por serem pagãs essas crianças não podem ir para céu, nem tampouco merecem ir para inferno, já que não têm pecado.
A religião Católica é mais justa do que a ambiental.
Nota: Esta é uma história fictícia. O drama, o enredo e todos os nomes neles mencionados foram inventados. Qualquer semelhança com quaisquer dramas, enredos e nomes da vida real é mera coincidência.

Comentários

Ana disse…
Acredito piamente que o caso narrado não é fictício, tanto que aconteceu o mesmo com minha netinha. Com apenas seis aninhos já teve sua propriedade embargada e a casa dela demolida.Alguém certamente se perguntará:como pode uma criança de seis anos ser proprietária de alguma coisa? eu respondo:quem se preocupa com o futuro dos filhos e netos, pode sim, mas a justiça ambiental não se preocupa com isso e a menina que deveria estar embalando bonecas e sonhando o justo sono dos anjos, nesta terra que deixou de ser sagrada, ela é ré.Se você concorda com os absurdos que estão cometendo, fique de braços cruzados, amanhã poderá ser você.Chegará o dia em que espalharão multas de avião sobre as propriedades e não adiantará ser inocente.Sua palavra será Zero.
Ana disse…
O susto foi tão grande que estou acreditando em tudo. Se disserem que multaram o saci-pererê, não duvido.Se multarem um proprietário porque o guarda jura que viu o lobisomem lá, acredito também.