Caros, nesse domingão, depois de ir ao cinema ver Bravura Indômita, decidi estudar o Sumário Executivo que as academias de ciência permitiram que vazasse para imprensa na última sexta feira.
Segue o resultado do exercício: Sumário Executivo Comentado.
O texto ficou meio longo, mas sugiro que todos leiam e tenham uma outra perspectiva sobre o que os ambientalistas dizem que o os cientistas falam. Vejam, abaixo um palhinha:
"A comunidade científica reconhece claramente a importância da agricultura na economia brasileira e mundial, como também a importância de se aperfeiçoar o Código Florestal visando atender a nova realidade rural brasileira"
Isso aí, entre outras coisas, está no texto dos cientistas que os ambientalistas e seus jornalistas de estimação dizem que é contra mudanças no Código Florestal. Clique aqui e veja mais um factóide construído na Folha de São Paulo por um jornalista que se absteve de pensar em nome de repetir o que dizem seus contatos no movimento ambiental.
Segue o resultado do exercício: Sumário Executivo Comentado.
O texto ficou meio longo, mas sugiro que todos leiam e tenham uma outra perspectiva sobre o que os ambientalistas dizem que o os cientistas falam. Vejam, abaixo um palhinha:
"A comunidade científica reconhece claramente a importância da agricultura na economia brasileira e mundial, como também a importância de se aperfeiçoar o Código Florestal visando atender a nova realidade rural brasileira"
Isso aí, entre outras coisas, está no texto dos cientistas que os ambientalistas e seus jornalistas de estimação dizem que é contra mudanças no Código Florestal. Clique aqui e veja mais um factóide construído na Folha de São Paulo por um jornalista que se absteve de pensar em nome de repetir o que dizem seus contatos no movimento ambiental.
Comentários
O Código Florestal vigente serve de resposta para quais das perguntas acima?
Sds,
Ciro Siqueira
O Código Flroestal vigente estabelece limites de até onde podemos explorar o meio ambiente, garantindo a produção sem deixar de nos beneficiar dos serviços florestais, os quais tenho certeza que você tem grande conhecimento. A palavra chave é EQUILÍBRIO. Se explorar demais, perdemos os benefícios ambientais, e se explorar de menos, deixamos de ter produção. Além de tudo isso, se o agricultor for bem orientado pelo seu engenheiro agrônomo, poderá tirar mais proveito de uma floresta em pé.
O Código Florestal vigente estabelece limites de preservação importantes, mas joga o ônus dessa preservação sobre os produtores rurais afetando negativamente a produção.
Não há problemas quanto aos limites de preservação impostos pela lei. Eles estão mais ou menos certos.
O problema está no ônus e não nos limites.
O Código Florestal vigente tenta proteger o meio ambiente, mas de forma errada e cria em gente como você a ilusão de que o meio ambiente está protegido, quando na verdade o governo está apenas se esquivando de fazer que ele tem que fazer, proteger o bem comum.
Não posso deixar de ressaltar que você não respondeu nenhuma das perguntas do nosso debate, nem as que você mesmo fez.
Quanto às resposta, além de ter lhe respondido, ainda te digo que você me respondeu, mas com outra pergunta.
E para finalizar, tenho que concordar com você. Realmente, o Código Florestal vigente não contribui para a preservação, pois mesmo com ele em vigência, áreas enormes no Brasil estão degradadas, as encostas estão ocupadas, os rios estão poluídos (os que ainda existem), os topos de morros estão descobertos, da Mata Atlântica resta apenas 7% do original, o Cerrado e o Pantanal viraram soja e gado, e a Amazônia perde espaço a cada dia.
Se você conhecesse o funcionamento de um imóvel rural saberia que ônus há e grande. Uma RL não se recupera sem custos e comprar 100 ha para produzir em 80, também.
Deixo para quem eventualmente venha a ler esses comentários o julgamento sobre quem respondeu e quem se esquivou.
No mais, concordamos.
Concordo que o governo joga a responsabilidade de preservação em cima do Produtor. Isso é uma falha grave, mas penso que o tamanho limíte das APPs e RLs é importante sim, para a manutenção dos recursos naturais, pois se com o limite vigente no código, há degração das áreas, imagine reduzindo este limite??? Penso também que o aumento da área destinada à produção não é a melhor maneira para desenvolvimento agrário sustentável.É necessário aumentar a produtividade, envestir em tecnologias, transmitir o conhecimento científico para os produtores e dar condições para que estes sejam empregados na agricultura.Por fim, sou contra a redução das áreas de APPs e RLs, pois o Brasil precisa aproveitar seu patrimônio territorial de maneira mais eficiente.
Grande Abraço à todos!
Gláucio Dias.
Concordo que o governo joga a responsabilidade de preservação em cima do Produtor. Isso é uma falha grave, mas penso que o tamanho limíte das APPs e RLs é importante sim, para a manutenção dos recursos naturais, pois se com o limite vigente no código, há degração das áreas, imagine reduzindo este limite??? Penso também que o aumento da área destinada à produção não é a melhor maneira para desenvolvimento agrário sustentável.É necessário aumentar a produtividade, envestir em tecnologias, transmitir o conhecimento científico para os produtores e dar condições para que estes sejam empregados na agricultura.Por fim, sou contra a redução das áreas de APPs e RLs, pois o Brasil precisa aproveitar seu patrimônio territorial de maneira mais eficiente.
Grande Abraço à todos!
Gláucio Dias.
Eu nunca advoguei redução de área de preservação. Advogo que o Estado assuma a responsabilidade por essa proteção.
De que adianta estabelecer grandes limites de preservação de uma forma que as pessoas não possam efetivá-los. É por isso que há degradação mesmo com grandes limites impostos por leis bocós. É tolice.
A questão do Código Florestal não está ligada a necessidade de abertura de novas áreas. O problema está na necessidade de recuperação das RLs e APP que implicarão na destruição de áreas agrícolas para recomposição de florestas. Os produtores não querem desmatas mais, querem apenas não ter que destruir suas áreas de produção para recuperação de RLs.
É necessário fazer muitas coisas para que os produtores produzam mais em menos áreas, mas o Código Florestal vigente não faz nada nesse sentido. Ao contrário, dificulta, na medida em que exige que donos de terras desviem recursos que poderiam ser usados em intensificação tecnológica na recuperação do passivo de RL.
Não acho que o Relatório do Aldo seja bom, mas estou certo de que a lei vigente é uma estultice.
As pessoas estão apenas acostumadas a ela para ver de outra forma.
Não estão vendo a quantidade de enchentes pelo país? O quanto as áreas urbanas estão suscetíveis a transtornos? Querem ainda fazer o mesmo com a zona rural?
Vamos ter mais inteligência e atitudes coerentes, caros deputados e senadores. Vocês também são pagos para pensar pelo povo e para o povo.
Encurtar o cobertor verde é burrice extrema. É condenar as matas ciliares e fontes a secarem, ou fazer com que as águas transbordem no futuro.
E cá entre nós, perdoar os que já causaram danos ao meio ambiente no passado é uma grande covardia, fraqueza de caráter e sinal de aliança velada com os malfeitores e contrário ao interesse público.
"Para a harmonia e o avanço na utilização das terras brasileiras há necessidade de um cuidadoso
planejamento integrado de uso, compatibilizando com o ordenamento territorial os zoneamentos
agrícola, ecológico-econômico e a revisão do Código Florestal, dentro de um novo conceito de
paisagens produtivas sustentáveis."
Isso significaria, em outras (minhas) palavras, que quando se trata de preservar, não se deveria focar numa escala micro (a propriedade em si) e sim uma escala macro (as paisagens; quer seja uma microbacia ou até um bioma).
Portanto, deve haver diferenciação SIM entre o que, onde, como e quanto preservam o pequeno, o médio e o grande produtor!!! E o que já está preservado nas áreas públicas deve entrar na contagem, sim (vejam o infográfico do Ciro publicado no Picasa)!!
Gente, olha o tamanho do Brasil... não é possível preservar tudo... Imaginem se o Brasil fosse um continente (quase é...) e cada estado um país (como alguns europeus que são do tamanho de Sergipe)?
Não é possível que a comunidade científica não seja criativa o suficiente para avançar nessa questão de planejamento de uso da paisagem...
Achei extremamente preocupante o que acabei de ler, para não dizer que fiquei com medo, pois realmente fiqui com medo, choro pela ciência brasileira, acabo de ver que está corrompida, a lógica cada vez mais é esquecida pelo abismo sentimentalista, o amor ao humano é esquecido, enquanto cada vez mais o amor a "moral falsa" idealizada por jornalistas e pseudo-ciêntistas é enfatizada.
Uma pena não podermos um dia transformar a paisagem e o ser humano que nela vive,ao mesmo tempo que protegemos o meio ambiente.
Nações milenares a exemplo de Chin e Japão cortaram seus países com canais, terraços, diques, transformaram a natureza preservando-a. Por que de repente isso se tornou demoníaco, não existe mais debate nesse ramo que não tenda a ir àquela besteira de fim do mundo.
Não gosto de falar que o Brasil é pior que qualquer outro lugar, mas depois do que li, digo que estamos afundando na ignorância.
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