A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) contestou os dados divulgados na semana passada pelo grupo de ONGs do Observatório do Clima sobre emissão de gases de efeito estufa da pecuária. As ONGs afirmam que pecuária de corte é responsável por 65% dessas emissões. “Esses levantamentos consideram apenas a emissão de gases por parte da pecuária. Não levam em conta a mitigação de gases pela incorporação e estoque de carbono no solo em pastagens bem manejadas, a eficiência de raças precoces, que reduzem a permanência do gado no pasto”, diz Cleber Oliveira Soares, veterinário e chefe geral da Embrapa Gado de Corte de Campo Grande (MS).
Segundo Soares, a pecuária tem evoluído ao ponto de ser a cultura que mais contribui, no Brasil, com o efeito poupa-terra: “São 600 milhões de hectares nos últimos 40 anos. Isso é um fato. Os sistemas de produção eficientes têm contribuído para mitigar e promover o crédito de carbono. O pasto bem manejado, por exemplo, estoca carbono no solo, assim como as florestas plantadas e o plantio direto. Esses fatores positivos não são divulgados”, acrescenta Soares.
O chefe da Embrapa cita a pesquisa realizada pela Kleffman segundo a qual as tecnologias de integração entre lavoura, pecuária e floresta (ILPF), já ocupam 11,5 milhões de hectares. O estudo mostra que o Brasil já alcançou, por meio da pecuária, um dos compromissos assumidos pelo Brasil na Conferência do Clima em dezembro passado em Paris.
Para Soares, há informações, divulgadas sem embasamento científico, que colocam a pecuária como vilã do aquecimento global. “Estou calejado. Acredito que um dos desafios do agro é mostrar a correlação entre a ciência e o alimento. O Brasil foi de importador a exportador de alimentos graças a tecnologia de ponta usada nas última décadas. A produtividade cresceu aceleradamente sem aberturas de novas áreas”, diz o pesquisador.
Segundo ele, a sociedade não percebeu ainda a importância do país como produtor de alimentos tanto para o mercado interno como para o internacional. “Um bife tem ciência e tecnologia."
Luiz Antonio Josahkian, zootecnista e superintendente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), diz que há uma demonização contra a atividade pecuária. “Toda a atividade tem seus prós e seus contras. A pecuária está sendo bem conduzida no Brasil. Há uma certa complacência com a indústria automobilística, por exemplo, na comparação com as constantes e acerbadas críticas à agropecuária em geral. A indústria automobilística é uma forte emissora de dióxido de carbono”, diz Josakian.
Para ele, tecnologias como o manejo correto da pastagem contribuem com o meio ambiente capturando dióxido de carbono. Há várias outras tecnologias, como a Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF). Todas elas aumentam a produtividade da boiada e diminuem as áreas para trabalhar a criação e a engorda. Tem também o apuro genético. “É boi mais pesado e abatido antes. Ele fica muito menos tempo no pasto”, diz.
As as ONGs continuam atacando a pecuária e agricultura brasileira. Qual será o interesse?
Foto: Divulgação Embrapa/Gabriel Rezende Faria
Segundo Soares, a pecuária tem evoluído ao ponto de ser a cultura que mais contribui, no Brasil, com o efeito poupa-terra: “São 600 milhões de hectares nos últimos 40 anos. Isso é um fato. Os sistemas de produção eficientes têm contribuído para mitigar e promover o crédito de carbono. O pasto bem manejado, por exemplo, estoca carbono no solo, assim como as florestas plantadas e o plantio direto. Esses fatores positivos não são divulgados”, acrescenta Soares.
O chefe da Embrapa cita a pesquisa realizada pela Kleffman segundo a qual as tecnologias de integração entre lavoura, pecuária e floresta (ILPF), já ocupam 11,5 milhões de hectares. O estudo mostra que o Brasil já alcançou, por meio da pecuária, um dos compromissos assumidos pelo Brasil na Conferência do Clima em dezembro passado em Paris.
Para Soares, há informações, divulgadas sem embasamento científico, que colocam a pecuária como vilã do aquecimento global. “Estou calejado. Acredito que um dos desafios do agro é mostrar a correlação entre a ciência e o alimento. O Brasil foi de importador a exportador de alimentos graças a tecnologia de ponta usada nas última décadas. A produtividade cresceu aceleradamente sem aberturas de novas áreas”, diz o pesquisador.
Segundo ele, a sociedade não percebeu ainda a importância do país como produtor de alimentos tanto para o mercado interno como para o internacional. “Um bife tem ciência e tecnologia."
Luiz Antonio Josahkian, zootecnista e superintendente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), diz que há uma demonização contra a atividade pecuária. “Toda a atividade tem seus prós e seus contras. A pecuária está sendo bem conduzida no Brasil. Há uma certa complacência com a indústria automobilística, por exemplo, na comparação com as constantes e acerbadas críticas à agropecuária em geral. A indústria automobilística é uma forte emissora de dióxido de carbono”, diz Josakian.
Para ele, tecnologias como o manejo correto da pastagem contribuem com o meio ambiente capturando dióxido de carbono. Há várias outras tecnologias, como a Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF). Todas elas aumentam a produtividade da boiada e diminuem as áreas para trabalhar a criação e a engorda. Tem também o apuro genético. “É boi mais pesado e abatido antes. Ele fica muito menos tempo no pasto”, diz.
As as ONGs continuam atacando a pecuária e agricultura brasileira. Qual será o interesse?
Foto: Divulgação Embrapa/Gabriel Rezende Faria
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