O Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, levantou uma polêmica na última Conferência do Clima, em Marrakech, na semana passada. Para o Ministro o setor rural brasileiro não pode arcar sozinho com o custo de redução de emissões de gases de efeito estufa assumido pelo Brasil nas negociações. "Posso dizer isso com toda tranquilidade. Nós não temos condições financeiras de levar adiante a intenção que o Brasil colocou", disse Blairo. "A intenção que o Brasil assumiu perante o mundo não pode ser obrigação do produtor brasileiro", completa.
No ano passado, como contribuição ao Acordo de Paris, o Brasil apresentou uma meta total de redução de emissões, de 37% até 2025 e 43% até 2030, e entregou anexada uma lista de ações que poderiam ser tomadas para atingir esses valores. Entre elas, estão o reflorestamento de 12 milhões de hectares e a recuperação de 15 milhões de hectares de pastos degradados, mas também o fim do desmatamento ilegal e investimentos em energias renováveis.
Depois de fechado o acordo em Paris, o texto foi ratificado pelo Congresso e sancionado pelo Presidente Temer, virando virou lei. Porém, a lista de ações que entrou como um anexo ao acordo não chega a ser obrigatória, mas é a linha que o País propôs seguir.
Blairo Maggi diz que as ações previsas no acordo não são obrigações. “É intenção. Não é a agricultura e a pecuária que tem de pagar essa conta. As metas são metas gerais que o Brasil colocou e ali deu uma indicação de por onde pode sair, mas se não cumprir através de reflorestamento ou de melhoramento de pastagem, vai ter de fazer em outro lugar. Não é obrigação da agricultura. Não queiram pendurar essa conta no setor agrícola sozinho”, disse o Ministro ao Jornal O Estado de São Paulo.
O grupo de ONGs ambientalistas está em campanha para fazer exatamente isto: pendurar mais essa conta no setor rural. Em carta entregue aos Ministros Blairo e Sarneyzinho, as ONGs afirmam que o Brasil deve usar os recursos que financiam a safra agrícola para custear as ações de acordo de Paris. "O Plano Safra destinou R$ 202 bilhões ao financiamento do setor agropecuário, cuja inadimplência histórica média é de cerca de 5%. Ou seja, haveria dinheiro para bancar a NDC. Bastaria, para isso, que os agricultores pagassem suas dívidas”, afirmam as ONGs.
Veja também:
No ano passado, como contribuição ao Acordo de Paris, o Brasil apresentou uma meta total de redução de emissões, de 37% até 2025 e 43% até 2030, e entregou anexada uma lista de ações que poderiam ser tomadas para atingir esses valores. Entre elas, estão o reflorestamento de 12 milhões de hectares e a recuperação de 15 milhões de hectares de pastos degradados, mas também o fim do desmatamento ilegal e investimentos em energias renováveis.
Compartilho minhas declarações sobre o setor feitas durante uma entrevista após participar da reunião na #COP22 sobre o papel do Brasil. pic.twitter.com/NPGGP5gAqU
— Blairo Maggi (@blairomaggi) 18 de novembro de 2016
Depois de fechado o acordo em Paris, o texto foi ratificado pelo Congresso e sancionado pelo Presidente Temer, virando virou lei. Porém, a lista de ações que entrou como um anexo ao acordo não chega a ser obrigatória, mas é a linha que o País propôs seguir.
Blairo Maggi diz que as ações previsas no acordo não são obrigações. “É intenção. Não é a agricultura e a pecuária que tem de pagar essa conta. As metas são metas gerais que o Brasil colocou e ali deu uma indicação de por onde pode sair, mas se não cumprir através de reflorestamento ou de melhoramento de pastagem, vai ter de fazer em outro lugar. Não é obrigação da agricultura. Não queiram pendurar essa conta no setor agrícola sozinho”, disse o Ministro ao Jornal O Estado de São Paulo.
O grupo de ONGs ambientalistas está em campanha para fazer exatamente isto: pendurar mais essa conta no setor rural. Em carta entregue aos Ministros Blairo e Sarneyzinho, as ONGs afirmam que o Brasil deve usar os recursos que financiam a safra agrícola para custear as ações de acordo de Paris. "O Plano Safra destinou R$ 202 bilhões ao financiamento do setor agropecuário, cuja inadimplência histórica média é de cerca de 5%. Ou seja, haveria dinheiro para bancar a NDC. Bastaria, para isso, que os agricultores pagassem suas dívidas”, afirmam as ONGs.
Veja também:
Comentários
Postar um comentário
Reflexões sobre meio ambiente, pecuária e o mundo rural brasileiro. Deixe seu comentário.